Como identificar bebida adulterada; Procon orienta o que observar antes do consumo
Órgão de defesa do consumidor orienta o que observar na hora de comprar bebidas em lojas e supermercados, ou de consumir em bares e restaurantes

O Procon-SP informou nesta segunda-feira (29) que vai intensificar a fiscalização de estabelecimentos que vendem bebidas como bares, restaurantes e adegas, bem como casas noturnas e supermercados em geral.
Nesta segunda-feira, a Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou o segundo caso de morte na cidade por suspeita de intoxicação por metanol. Esse é terceiro óbito no estado por suposta contaminação com o solvente.
Segundo o órgão de defesa do consumidor, as ações serão de forma integrada com equipes do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), da Polícia Civil de SP.
Nas visitadas, o Procon-SP verifica diversos aspectos do Código de Defesa do Consumidor, entre eles as informações obrigatórias em rótulos e embalagens, além de checagem de notas fiscais de compras dos produtos ofertados.
“A fiscalização dos conteúdos é de competência do Ministério da Agricultura; mas, na ação conjunta com as forças policiais, produtos irregulares podem ser apreendidos e encaminhados para análise laboratorial”, explica o órgão em nota.
Como identificar uma bebida adulterada
• Primeira orientação é desconfiar do preço, já que as bebidas ilegais são até 60% mais baratas.
• Procure comprar as bebidas em locais de confiança ou em sites que exigem nota fiscal do distribuidor.
• Observe a embalagem e o rótulo se não há diferenças dos originais.
• Veja se tem o selo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em produtos destilados.
• Verifique se o lacre está fechado. Caso esteja violado, a bebida pode ter sido adulterada.
• Desconfie se o líquido apresentar cor e odor diferentes, partículas e sujeira.
Principais orientações antes de comprar ou consumir
- Procure estabelecimentos conhecidos ou dos quais tenha referência;
- Desconfie de preços muito baixos – no mínimo podem indicar alguma falha como sonegação e adulteração, por exemplo;
- Observe a apresentação das embalagens e o aspecto do produto: lacre ou tampa tortos ou “diferentes”, rótulo desalinhado ou desgastado, erros de ortografia ou logos com “variações”, ausência de informações como CNPJ, endereço do fabricante ou distribuidor, número do lote, e outra imperfeição perceptível.
- Ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas.
- Mais importante: fique atento a sintomas pós-consumo: visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência, isso pode indicar intoxicação por metanol ou por bebida adulterada.
- Busque atendimento médico imediato: se houver qualquer sintoma suspeito, o consumidor deve procurar urgência médica sem demora.
- Comunique as autoridades competentes: Disque-Intoxicação (0800 722 6001, da Anvisa) para orientação clínica/tóxica; Vigilância Sanitária local (municipal ou estadual); Polícia (civil); Procon (órgão de defesa do consumidor); quando aplicável, outros órgãos relacionados (Ministério da Agricultura, etc.).
- Exija sempre a nota fiscal ou comprovação de origem: documento precisa ter todas as informações de identificação do fornecedor e da compra, isso ajuda na rastreabilidade do produto e é uma garantia para o consumidor em eventual reclamação.
Fonte: Procon-SP
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