Poupança pode ser um investimento para quem tem pouca grana 

A economia começa a dar sinais de melhora e as expectativas para este ano são positivas. A Selic, a taxa básica de juros do Brasil, atingiu a mínima histórica, 6,75% ao ano, e para muitos é o momento de pensar em investir.

O Economia em 5 Minutos conversou com especialistas para ajudar quem tem pouca grana a encontrar o melhor investimento.

Para quem quer começar a juntar e tem até R$ 1 mil, a poupança pode ser um bom investimento. A rentabilidade é baixa, sim, mas tem a segurança, não tem taxas, além da vantagem de aplicar qualquer valor e poder sacar quando precisar. "Além das facilidades, a poupança permite juntar um valor maior e que depois pode ser aplicado em renda fixa ou CDB, por exemplo", explica o educador financeiro, André Bona. 

Vale ter como meta poupar, não importa o valor. "Se a pessoa guardar R$ 1 por dia, no fim do mês, ela terá R$ 31. Ao longo do ano, o montante será maior. Esse é o primeiro passo", observa Daniela Casabona da assessoria FB Wealth.

Segundo Bona, a rentabilidade aumenta conforme o montante de dinheiro disponível. "É melhor que a pessoa apliquei na poupança até conseguir um valor maior, R$ 5 mil por exemplo, para mudar de aplicação. É possível até agendar no banco um valor fixo para ser aplicado."

Para os especialistas, os poupadores sem muitos recursos devem fugir de investimentos de risco e não devem diversificar a carteira.

Em um segundo momento ou para aqueles que tem um valor maior vale pensar na Renda Fixa, que também é um investimento seguro e rende mais que a poupança. "A renda fixa é um investimento de longo prazo e deve ser usado quando não há necessidade de usar aquele dinheiro por um período. Vale para quem pretende poupar acima de R$ 500 por mês", diz Daniela. 

"O CDB com liquidez diária e os fundos DI com baixa taxa de administração também devem ser avaliados", avalia Bona.

Mas e para quem está no vermelho, como colocar as contas em dia e ainda poupar?

Vale a velha máxima, não dá para gastar mais do que entra. O primeiro passo é mapear custos para equilibrar o orçamento doméstico. Outro comportamento de risco é comprometer todo a receita, sem deixar reservas. "É preciso manter o nível de despesas controlado e pensar que imprevistos acontecem, é preciso ter dinheiro guardado", diz Bona.

O educador financeiro também alerta para os parcelamentos das compras. "O excesso de compras parceladas compromete o orçamento, a pessoa gasta mais do que tem e é preciso eliminar todo o tipo de endividamento."