Quer trocar de carro? Veja algumas dicas dos especialistas
Cautela, muita pesquisa e as contas no papel ajudam o consumidor na hora de comprar um veículo novo
Economia em cinco minutos|Karla Dunder, do R7
Pretende trocar de carro? O Economia em 5 Minutos avalia os números do setor e dá algumas dicas para quem está pensando em comprar um veículo ainda neste ano.
O balanço divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontou para o licenciamento de 217,5 mil veículos em julho, o que significa um crescimento de 7,7% frente as 202 mil unidades comercializadas em junho deste ano.
Ao mesmo tempo, a crise na Argentina refletiu nos números de veículos exportados. Uma queda de 20,9%, como já tínhamos antecipado no texto Brasil pode sentir os reflexos da crise na Argentina.
“O mercado argentino é o nosso maior parceiro comercial, com a queda nas exportações, o mercado interno pode vir a absorver esse excedente”, avalia Carlos Honorato da Saint Paul Escola de Negócios.
A expectativa é que 2018 seja um ano melhor para as vendas. “Com certeza teremos um ano melhor do que foi 2017, vemos uma sutil retomada com oscilações”, diz. “Claro, distante ainda dos recordes de 2010 e 2011”.
Para o economista André Alírio, operador de Renda Fixa da Nova Futura, é possível aproveitar esse momento, principalmente para quem se sente razoavelmente seguro no emprego, o que não é uma realidade para a maioria dos brasileiros, e quem, se possível, tem dinheiro na mão. “A situação do país ainda exige cautela, mas para quem pretende comprar um carro, o primeiro passo é pesquisar preços e condições de pagamento”.
Outra dica dos economistas é procurar os ‘carros seminovos’. “Ao retirar o veículo da concessionária ocorre uma depreciação de, ao menos, 10% do valor, ao optar por um usado, o preço já está estável”, observa Honorato. “Um carro que rodou por dois ou três anos não terá um custo alto de manutenção”, completa Alírio.
Especialistas apontam que as locadoras de veículos se transformaram em verdadeiras revendedoras e passam a ser uma opção com preços competitivos, os carros têm garantia e a quilometragem não costuma ser muito alta.
Na avaliação dos economistas, financiamento só para quem não tem disciplina para guardar dinheiro, porque as taxas de juros costumam ser salgadas. “Muitas vezes, somando as parcelas o valor total é maior que do veículo financiado”, diz Honorato.
O mesmo vale para o consórcio. “A taxa de administração cobrada pelos consórcios é muito maior que qualquer tipo de investimento”, afirma Alírio.
E, como observa Honorato, existe a possibilidade de não ter carro. Vale colocar o no papel o gasto com combustível, manutenção e impostos e avaliar se esse custo realmente vale a pena.
“Sempre falo do custo de oportunidade vale a pena tirar o dinheiro de um investimento e investir em um carro? Talvez renda mais no banco, mas se a pessoa trabalha longe de casa e quer mais conforto? Essa é uma conta individual”.
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