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Luiz Fara Monteiro

Veja como ficou avião da ONU metralhado por terroristas no Mali

Modelo Beechcraft da companhia sul-africana NAC operado pelas Serviço Aéreo Humanitário da Nações Unidas foi alvo de ataque cometido por associados à Al-Qaeda

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window

Avião utilizado pelas Nações Unidas na África: marcas de tiros Reprodução

Centenas de tiros e partes incendiadas. As marcas ficaram espalhadas por toda a fuselagem do Beechcraft 1900D, de matrícula ZS-JAG. Por sorte não havia tripulantes nem passageiros a bordo da aeronave da companhia sul-africana NAC, operado pelo Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas - sigla UNHAS em inglês - durante o ataque perpetrado por insurgentes ao Aeroporto de Bamako, capital do Mali, essa semana.

Em um trecho de um vídeo, o homem que filma a aeronave metralhada lamenta:

“Olhe isso, eu nem consigo contar o número de tiros, motores, fuselagem”.

Durante a gravação, o homem mostra uma motocicleta utilizada pelos terroristas, incendiada sob um dos motores do bimotor.


O grupo ligado à Al Qaeda disse em outro comunicado na quarta-feira que “centenas de soldados inimigos foram mortos e feridos” no ataque que também resultou na destruição de seis aeronaves militares, incluindo um drone, enquanto outras quatro foram parcialmente desativadas. O avião presidencial, um Boeing 737 que estava no pátio, teve um de seus motores incendiados, em ação filmada pelos insurgentes.

O ataque ocorreu no 64º aniversário da fundação da gendarmaria do Mali e dias após o líder da junta, Assimi Goita, ter dito que seu exército havia “enfraquecido consideravelmente grupos terroristas armados”, em um discurso que marcou o aniversário da decisão do Mali, juntamente com os vizinhos liderados pela junta, Burkina Faso e Níger, de formar uma aliança política e de segurança.


Os voos foram retomados na manhã de quarta-feira para o principal aeroporto da cidade, onde grande parte da violência - reivindicada pela afiliada da Al-Qaeda, Jama’a Nusrat ul-Islam wa al-Muslimin (JNIM) - ocorreu um dia antes.



Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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