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PF prende o ex-03 da instituição em operação contra corrupção em órgãos ambientais

Rodrigo Teixeira, que saiu da direção administrativa da PF em março deste ano, ocupava cargo de direção na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

Natália Martins|Natália MartinsOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Rodrigo Teixeira, ex-diretor administrativo da Polícia Federal, foi preso em investigação sobre corrupção ambiental em Minas Gerais.
  • A operação principal resultou em 22 prisões e 79 mandados de busca e apreensão.
  • Teixeira ocupou cargos importantes na PF, incluindo superintendente em Minas Gerais, e esteve envolvido em investigações relevantes.
  • A organização criminosa é acusada de obter licenças ambientais fraudulentas, ocasionando danos significativos ao meio ambiente e gerando lucros de pelo menos R$ 1,5 bilhão.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Rodrigo Melo Teixeira era o número 3 da PF até março deste ano Elza Fiuza/Agência Brasil

O delegado Rodrigo Melo Teixeira, ex-diretor administrativo da Polícia Federal (PF), foi preso nesta quarta-feira (17) em um inquérito paralelo na investigação sobre um esquema bilionário de corrupção e danos ambientais em Minas Gerais.

No inquérito principal, que faz parte da Operação Rejeito, a PF prendeu 22 pessoas e cumpriu 79 mandados de busca e apreensão. Entre os presos está o advogado Caio Mário Trivellato Seabra Filho, um dos diretores da ANM (Agência Nacional de Mineração).


O inquérito sobre Teixeira aconteceu em paralelo por envolver servidor interno e para evitar vazamentos.

A investigação foi conduzida pela contrainteligência da PF. Teixeira era o número 3 na hierarquia da instituição até março deste ano, quando o blog publicou em primeira mão sua saída.


Sob anonimato, fontes da cúpula da PF afirmam ao blog que a saída de Teixeira do cargo já ocorreu por causa da investigação, embora o delegado não soubesse que era investigado.

Antes disso, o delegado foi superintendente da Polícia Federal de Minas Gerais. Sob seu comando, a superintendência investigou a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha para as eleições de 2018.


A investigação aponta que o grupo investigado teria corrompido servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração.

Segundo o inquérito, o grupo tinha a finalidade de obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas para exploração de minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação, com graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos, como já ocorridos no estado com os desastres em Mariana e Brumadinho.


A PF aponta a existência de uma organização criminosa atuando para neutralizar a ação do Estado, atrapalhando investigações e monitorando autoridades e lavando dinheiro.

Segundo a PF, os crimes renderam ao grupo pelo menos R$ 1,5 bilhão. A polícia apontou a identificação de projetos em andamento vinculados à organização criminosa com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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