A esperança em todas as manhãs que passam
E nos ensinam a nos adaptarmos às mudanças durante o dia
Nosso Mundo|Eugenio Goussinsky
A manhã abre as cortinas dos meus olhos. Me abraça com o manto de sua brisa. Me escuta desde além do horizonte. Me colore com a cor do sol nascente. E refresca como o orvalho faz com a relva.
Leia mais: Evidências, conveniências, aparências. E a amizade?
Todo dia, no entanto, me adapto. À transição dos períodos em nossas vidas. As horas passam de maneira independente. Ultrapassam a manhã ao meio-dia. Vejo então a explosão de tom laranja. Arrefecer iniciando nova etapa.
A missão é aceitar estas mudanças. Preservar aquele manto bem nos ombros. Com um gosto de manhã nas descobertas. Na esperança de reencontrá-la amanhã.
Leia mais: Uma conversa entre Paula Toller e Nelson Rodrigues nos anos 80
Faço tudo para a luz ficar na mente. E dia a dia encaro a força do abstrato. Que flutua além do que o relógio marca. E por mais que o tempo passe e isso arde. Já não digo para mim agora é tarde.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.