Defesa de Bolsonaro cita ‘golpe de Estado’ 22 vezes para negar trama golpista
Advogados alegam que ex-presidente desistiu voluntariamente de avançar na tentativa de golpe de Estado
R7 Planalto|Do R7, em Brasília
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Nas 85 páginas escritas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para recorrer da condenação a 27 anos e três meses de prisão decretada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), os advogados mencionaram 22 vezes o termo “golpe de Estado” para negar uma atuação da trama golpista.
Em uma das citações, a defesa alega, inclusive, que o ex-presidente desistiu voluntariamente de avançar na tentativa de golpe de Estado.
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Bolsonaro foi condenado em setembro, por 4 votos a 1, pela Primeira Turma do Supremo, por liderar uma organização criminosa que atuou para mantê-lo no poder mesmo após a derrota nas urnas eletrônicas.
No recurso, a defesa explorou trechos do voto do ministro Luiz Fux — mencionado seis vezes — para alegar a inocência do ex-presidente. Os advogados chamaram a condenação de injusta, imprecisa e omissa, além de pedirem a redução da pena imposta a Bolsonaro.
Esses recursos são os chamados embargos de declaração, utilizados para esclarecer dúvidas, omissões ou contradições de uma sentença. Em geral, eles não alteram o resultado central de um julgamento, apenas aspectos secundários.
O STF não tem prazo para julgá-los. Eles serão enviados ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que pode pedir manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Após a análise, ainda há chance de a defesa ingressar com um segundo embargo de declaração, mas se a Corte entender que embargos são protelatórios, já pode determinar a prisão.
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