Gestão de filas faz hospital do RJ reduzir em 92% número de pessoas esperando cirurgia
Últimos 64 pacientes que aguardavam procedimentos no Hospital Cardoso Fontes, no Rio, serão atendidos até meados de fevereiro
R7 Planalto|Do R7, em Brasília
O Programa de Gestão de Filas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), implementado recentemente pelo Ministério da Saúde, fez com que a fila de cirurgias acumulada ao longo de sete anos no Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), no Rio de Janeiro, caísse 92%. Até o momento, 575 pacientes que aguardavam por procedimentos cirúrgicos foram atendidos. Os últimos 64 pacientes serão operados até meados de fevereiro.
Durante o período, alguns pacientes foram encaminhados para outras unidades ou tiveram seus casos judicializados. Os procedimentos incluem 21% de cirurgias plásticas reparadoras, 19% de cirurgias gerais e 8% de atendimentos urológicos.
Bom lembrar que a gestão do hospital foi transferida para a Prefeitura do Rio de Janeiro em dezembro passado.
“Encontramos uma fila que, nos piores momentos, chegou a ter 800 pacientes aguardando cirurgias. Implementamos diversas ações, como contratações e reorganização da fila, para otimizar o atendimento”, afirmou o secretário adjunto de atenção especializada do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior.
Plano de reestruturação
O programa é bom, mas não faz milagres. Apesar da fila ter diminuído, todos os dias entram novos pacientes. A esperança de quem trabalha no Cardoso Fontes é que o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais aumente a capacidade de atendimento, com mais leitos e serviços.
“Apesar dos avanços, ainda há muitos desafios a serem superados, como a contratação de recursos humanos e o investimento em infraestrutura. O Ministério da Saúde implementou um plano de reestruturação para suprir essas necessidades e ampliar o atendimento à população”, explicou a coordenadora-geral de assistência do Programa de Gestão de Filas, Marisol da Paz.
Além do Hospital Cardoso Fontes, três unidades federais no Rio de Janeiro começaram o processo de reestruturação: Bonsucesso, Andaraí e Servidores do Estado.
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