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Sóstenes e Jordy gastaram R$ 235 mil de cota parlamentar em empresas investigadas pela PF

Dados são de levantamento exclusivo do R7 Planalto via consulta em cotas parlamentares da Câmara dos Deputados desde 2023

R7 Planalto|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Deputados Sóstens Cavalcante e Carlos Jordy gastaram R$ 235 mil de cota parlamentar com empresas investigadas pela Polícia Federal.
  • Despesas incluem aluguel de veículos com a Harue Locação de Veículos e a Amazon Serviços e Construções.
  • Investigação aponta suspeitas de desvio de recursos e lavagem de dinheiro por meio de contratos falsos.
  • Operação é um desdobramento de ação anterior e investiga crimes como peculato e organização criminosa.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

PF cumpriu mandados em endereços ligados a Sóstenes (foto) e Jordy nesta sexta Lula Marques/ Agência Brasil - arquivo

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) gastaram desde 2023 pelo menos R$ 235 mil de cota parlamentar com empresas citadas em investigação da PF (Polícia Federal) como sendo de fachada.

Segundo dados levantados pelo R7 Planalto, com base na prestação de contas da Câmara dos Deputados, os dois desempenharam esses valores no aluguel de veículos com a empresa Harue Locação de Veículos e Amazon Serviços e Construções.


Veja dados

2023

  • Deputado Sóstenes Cavalcante

Harue Locação de Veículos - R$ 29.700


  • Deputado Carlos Jordy

Harue Locação de Veículos - R$ 48 mil

2024


  • Deputado Sóstenes Cavalcante

Amazon Serviços e Construções - R$ 80 mil

Harue Locação de Veículos - R$ 16.200


  • Deputado Carlos Jordy

Harue Locação de Veículos - R$ 22 mil

2025

  • Deputado Sóstenes Cavalcante

Amazon Serviços e Construções - R$ 40 mil

Segundo relatório da PF, há elementos indicativos de que os dois parlamentares teriam desviado recursos da cota parlamentar por intermédio dos servidores comissionados — notadamente Adailton Oliveira dos Santos e Itamar de Souza Santana — utilizando, “para o sucesso da empreitada, empresas como a Harue Locação de Veículos LTDA ME e a Amazon Serviços e Construções LTDA”.

A reportagem tenta contato com as duas empresas citadas. Até o momento, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

O que dizem os citados

Por meio das redes sociais, Jordy classificou a ação da PF como “perseguição implacável.”

Já o deputado Sóstenes Cavalcante, em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta sexta-feira (19), negou as acusações sobre supostos desvios de recursos públicos. Ele criticou a operação da PF e afirmou que o dinheiro encontrado em sua casa é lícito e proveniente da venda de um imóvel. Nesta manhã, agentes encontraram quase R$ 500 mil em sacos de lixo na residência do líder do PL.

“Dinheiro de corrupção não aparece lacrado. Quem quer viver de dinheiro de corrupção bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito, lacrado”, garantiu.

“Não tem nada de contrato ilícito, nada de lavagem de dinheiro[...]. Essa investigação é mais uma investigação para perseguir quem é da oposição, quem é conservador, quem é de direita”, acrescentou.

Entenda

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (19) buscas em endereços ligados aos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) no âmbito de uma operação que investiga supostos desvios de recursos da cota parlamentar.

Leia mais

A chamada CEAP (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar) deve ser utilizada pelo deputado para custear despesas típicas do exercício do mandato, como aluguel de escritório no estado pelo qual foi eleito, passagens aéreas, alimentação, aluguel de veículos, combustível, entre outras.

Os parlamentares são suspeitos de lavar dinheiro em contratos falsos com empresas de fachada, como locadoras de veículos.

A ação é um desdobramento de operação deflagrada em dezembro de 2024 e apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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