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Ex-CEO, Andy Byron pode processar o Coldplay por difamação?

Após serem flagrados traindo seus companheiros, Andy Byron e Kristin Cabot se esconderam da “câmera do beijo” durante o show

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Não foi o Coldplay que causou o escândalo. Foi a escolha deles. Reprodução/Redes sociais

Recentemente, um vídeo tomou conta das redes: o ex-CEO da Astronomer, Andy Byron, foi flagrado na famosa “câmera do beijo” de um show do Coldplay, nos Estados Unidos, em uma cena comprometedora com a chefe de RH da empresa, Kristin Cabot — que, vale lembrar, não era sua esposa.

Ou seja, ambos são casados e pais e estavam curtindo o show escondidos. O registro se espalhou, e, diante da repercussão negativa, Byron renunciou ao cargo. A empresa divulgou uma nota oficial, e o escândalo virou combustível para manchetes e memes. Mas o que mais chamou atenção nos últimos dias foi a especulação: será que ele pode processar o Coldplay por difamação?


Segundo especialistas jurídicos consultados por diversos veículos, ele até poderia tentar, mas a exposição seria ainda maior. Os advogados lembram que, além de estarem em um evento público (onde não há expectativa de privacidade), o comentário feito pelo vocalista do Coldplay Chris Martin: “ou estão tendo um caso, ou são muito tímidos”, foi dito em tom de brincadeira, sem qualquer acusação formal. Mesmo assim, há quem discuta se ele realmente cogita mover uma ação por danos à imagem.

Culpando os outros

Mas, o que será que mais nos incomoda mais nessa história? É a traição? A exposição em si? O julgamento das redes? Ou o velho e conhecido movimento humano de desviar a responsabilidade?


É curioso e sintomático como muitos, diante de um erro claro, em vez de encararem os próprios atos, procuram culpados externos. Qualquer coisa, menos a própria escolha.

Estamos falando de adultos, que, ao que tudo indica, traíram a confiança de suas famílias. Então, convenhamos: a conversa não deve girar em torno da “brincadeira” do vocalista da banda.


Às vezes, as pessoas são rápidas para apontar quem as expôs, mas lentas para enxergar o que foi que expuseram. Buscam brechas legais, justificativas emocionais, estratégias de distração, tudo para não encarar o óbvio: as atitudes têm consequências.

Assumir o erro é duro, mas também pode ser o primeiro passo para recomeçar com dignidade. Agora, a pergunta que fica é: e se eles não tivessem sido descobertos, teriam reconhecido que estavam agindo errado?


É aqui que mora o ponto mais incômodo da história. Muitas vezes, o arrependimento não vem do ato em si, mas da consequência. Não é sobre consciência, é sobre constrangimento. Não é sobre ética, é sobre exposição. Quando ninguém vê, muitos seguem em silêncio e só se dizem arrependidos quando a verdade escapa pelas mãos.

A vergonha de ser desmascarado nunca deveria ser maior do que a vergonha de ter feito o que se tentou esconder.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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