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Melhorar ou controlar o mundo? Qual a real intenção do Great Reset?

A iniciativa foi lançada ano passado, no Fórum Econômico Mundial. Plano vago, sem detalhes de execução, traz questionamentos importantes 

Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Do R7 e Ana Carolina Cury

Em junho do ano passado, na 50ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF), uma proposta polêmica foi anunciada: o "The Great Reset" ou "A Grande Reinicialização". A ideia central é a união dos países em busca de um mundo mais sustentável, justo e forte.

De forma geral, nada de errado nisso. Mas, a verdade é que o Fórum – que é uma organização internacional sem fins lucrativos, com sede na cidade de Genebra, na Suíça – tem sido acusado de defender um modelo que, ao contrário do que prega, amplia a miséria e contribui, cada vez mais, para a destruição do meio ambiente.

Assim, o "The Great Reset" tem sido apontado por muitos como uma tentativa de usar mensagens bonitas para ampliar o controle mundial em prol de seus próprios interesses.

Entendendo a reunião

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O fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, anunciou o plano "The Great Reset" em junho de 2020
O fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, anunciou o plano "The Great Reset" em junho de 2020 O fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, anunciou o plano "The Great Reset" em junho de 2020

O Fórum Econômico Mundial é conhecido pelos encontros anuais que acontecem normalmente em Davos, na Suíça, e reúnem representantes das principais empresas do mundo e líderes políticos. Lá, eles pensam e discutem novas diretrizes para melhorar a economia mundial.

Quando o termo "The Great Reset" foi criado, o mundo estava vivendo o ápice da pandemia. O fundador e presidente do Fórum, Klaus Schwab, lamentou a crise gerada pelo novo coronavírus e explicou que era preciso começar a pensar na reconstrução da sociedade e da economia de forma mais sustentável.

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"Para alcançar melhor êxito, o mundo deve agir conjunta e rapidamente para renovar todos os aspectos de nossas sociedades e economias, desde a educação até contratos sociais e as condições de trabalho. Todos os países, dos Estados Unidos à China, devem participar. Todos os setores, desde petróleo e gás até tecnologia, devem ser transformados".

Entre outros pontos, Schwab reforçou a necessidade do "Grande Reinício" do capitalismo e destacou que a pandemia representa "uma rara janela de oportunidade para refletir, reimaginar e resetar o mundo".

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Diversas empresas bem como o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a diretora geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, concordaram com Schwab e apoiaram a iniciativa.

Plano confuso

Apesar dos diversos conteúdos divulgados sobre o "The Great Reset", o plano ainda é confuso. A ideia é que seja executado ao fim da pandemia com o objetivo de recuperar a economia global. Mas, como exatamente isso vai acontecer, ninguém sabe explicar com detalhes.

A ideia central do plano é recuperar a economia mundial
A ideia central do plano é recuperar a economia mundial A ideia central do plano é recuperar a economia mundial

O que podemos entender até agora é que ele visa criar um contrato social para mudar as formas como se gerencia as economias locais, como se lida com a natureza (o que inclui o gerenciamento da alimentação). Além disso, também pretende interferir nas relações entre países e nas prioridades das sociedades, incentivando, assim, a gestão de um bem comum global.

As pessoas precisam se interessar

Alguns conteúdos divulgados pelo Fórum Econômico Mundial em outros anos deixam alguns questionamentos e indicativos importantes. Um vídeo publicado nas redes do Fórum em 2016 que aponta previsões para 2030 diz o seguinte, em tradução livre para o português: "Você não terá nada. E ficará feliz. O que quiser, você alugará e será entregue por um drone".

A maioria das pessoas não faz ideia da seriedade do que está acontecendo. Por isso, muitos especialistas têm se manifestado sobre esta nova ação e questionado se esses líderes querem salvar o mundo ou apenas visam mais poder para controlá-lo.

Alguns especialistas veem o "The Great Reset" como um plano de poder e controle
Alguns especialistas veem o "The Great Reset" como um plano de poder e controle Alguns especialistas veem o "The Great Reset" como um plano de poder e controle

Na teoria, para muitos, é bonito pensar num mundo unido, igualitário. Porém, a prática pode gerar sérias consequências, conforme explicou em seu artigo o professor de Filosofia, Daniel Lopez. "Para alguém que já leu o Manifesto do Partido Comunista, isso não cheira bem. Soa semelhante a uma tentativa de implementar o sonho último de Marx, a extinção da propriedade privada – mas com a bela narrativa de uma suposta vida em sintonia com o próximo e em comunhão com o meio ambiente".

Quando há centralização do controle há um grande indício de que o objetivo final não é o de contribuir para uma economia melhor, ou então, o de conter tragédias no meio ambiente, mas sim, o de modificar toda a sociedade mundial. 

Nunca foi tão importante analisar a real intenção do "The Great Reset". Será que eles querem, de fato, ajudar a população a viver melhor ou adquirir mais poder, por meio do controle?

Um povo que pensa, questiona e o barulho pode sim fazer com que se repense as estratégias usadas. Afinal, deixar para falar sobre isso depois que as leis e diretrizes forem aprovadas não adiantará muito. Precisamos pensar sobre o tema agora, e com urgência. 

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