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Trilha do Agro

Alta do milho no fim da colheita já altera custos para criadores

Oferta menor de milho no mercado pode alterar poder de compra do criador de frango e suíno

Trilha do Agro|Valter Puga JrOpens in new window

Produção de milho impulsionou economia em 2023
Após meses estagnado, preço do milho subiu Reprodução/Abramilho

Os criadores de aves, suínos e bovinos já refazem os cálculos dos custos de produção, com a alta dos preços do milho nos últimos dias, em quase todas as praças do Brasil.

Após meses estagnado entre R$ 58,00 e R$ 59,00, o indicador de preços médios do CEPEA/USP para saca de 60 quilos de milho na região de Campinas (SP) ultrapassava os R$ 60,00, o que não ocorria desde o início de abril deste ano.

Com a colheita de milho de segunda safra caminhando para o final, e perspectiva de produção, os produtores reduziram a quantidade de lotes ofertada no mercado “spot” nacional, o que levou a aumento nas cotações na maior parte das praças pesquisadas pelo Cepea/USP. E a alta dos preços só não foi mais acentuada por causa da demanda mais fraca, tanto no Brasil como no Exterior.

Dados apurados pela Companhia Nacional de Abastecimento até o último dia até o dia 18 de agosto, 96,4% da área plantada com milho havia sido colhida, restando apenas os estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Falta muito pouco a retirar do campo.


ALTA DE PREÇO EM VÁRIAS REGIÕES - As cotações do milho avançam em diferentes regiões produtoras. Na semana de 19 a 23 de agosto, corretores da Bolsa Brasileira de Mercadorias, a BBM, informavam que em Campo Novo do Parecis (MT) as cotações do milho em média estavam R$ 41,75 a saca de 60 quilos, ou alta de mais de 7% no mês. Na região de Paracatú e Unaí (MG), a saca era negociada a R$ 52,00, avanço de mais de 6,0% em agosto.

Em agosto, os preços do milho subiram também em Cascavel (PR) a R$ 57,00 (+5,50%), em Jataí (GO) a R$ 48,35 (+6,62%), e na região de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras (BA) para R$ 53,00 a saca, aumento de quase 2,0%.


Por enquanto, os dados mostram que, tanto para os criadores de suínos como de aves, o poder de compra no estado de São Paulo, melhorou em agosto diante dos principais insumos utilizados (milho e farelo de soja). Com menor oferta e aumento da procura por parte das indústrias, os preços pagos pelo frango vivo permitem enfrentar aumento de custos. Dados apurados até o dia 20 de agosto, o preço médio do frango vivo no estado de São Paulo estava em R$ 5,34 por quilo, forte aumento de 5,1% sobre os preços médios de julho.

CENÁRIO PARA CRIADOR PODE MUDAR – Esse conforto dos criadores de frangos e suínos pode mudar, dependendo de como o mercado de milho reagirá neste final de colheita, após períodos de clima desfavorável em algumas das importantes regiões produtoras.

É que, quando comparada a safra do período anterior, se a produção de milho safrinha foi muito boa no Mato Grosso, a Conab estima que a colheita será 36% menor no Mato Grosso do Sul, até 23% menor em São Paulo, e no Paraná -- grande consumidor de milho -- será 12% menor. Quem atua no comércio de milho está atento a colheita.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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