Brasileiro terá maior oferta de arroz e feijão no ano que vem, diz Conab
Estimativa do Governo Federal prevê colheita recorde de grãos na safra 2024/2025.
O Brasil terá boa oferta de arroz e feijão daqui para frente. É o que estimam os analistas da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, ao divulgarem dados do 1º Levantamento de Safra 2024/2025. Os arrozeiros devem produzir cerca de 12 milhões de toneladas de arroz (13,8% mais que em 2022/23) e mais de 3,26 milhões de toneladas de feijão na próxima safra. As áreas plantadas com esses produtos crescem, indicando uma colheita maior e perspectivas de preços mais baixos para o consumidor.
A área plantada com arroz no Brasil será quase 10% maior e está mais espalhada pelo país. No Centro-Oeste os agricultores semeiam área 33,5% maior e no Sudeste 16,9%. Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo de arroz, uma elevação de 39,3% acima da área registrada na temporada de 2023/24. “Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%“, informa a Conab em nota. E no Sul, principal região produtora de arroz, também espera-se uma área cultivada maior, perto de 1,16 milhão de hectares.
“Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história", disse o presidente da Conab, Edegar Pretto, explicando que o Governo Federal implementou políticas públicas envolvendo pequenos, médios e grandes produtores.
A previsão de crescimento na oferta do cereal no país dá – a princípio, pelo menos -- sinais de preços mais baixos para o consumidor. Mas o Governo Federal argumenta que isso não deve reduzir a rentabilidade do produtor, pois há possibilidade de incremento das exportações, com embarque de até 2 milhões de toneladas. A Conab ainda prevê um aumento nos estoques de passagem ao final da safra 2024/25 de aproximadamente 840 mil toneladas.
Mais feijão no mercado ano que vem -- Para o feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento de 200 mil hectares acima dos 2,86 milhões do que foram plantados em 2023/24. É que o cultivo de feijão é feito em três safras ao longo do ano e a maior elevação de área deve ocorrer na chamada primeira safra, com aumento de 2,3% no plantio (mais de 881 mil hectares), indicando colheita superior de 947 mil toneladas, ou 0,5% acima da safra anterior.
Safra de grãos será recorde em 2025 -- Se confirmadas as previsões da Conab, o Brasil terá um recorde na produção total de grãos (incluindo soja, milho, etc.) de 322,47 milhões de toneladas, 8,3% maior que a produção de 2023/24, ou uma colheita 24,62 milhões de toneladas maior que a de 2023/24. Os cálculos levam em conta um aumento de 1,9% da área plantada com grãos, perto de 81,34 milhões de hectares.
No caso da soja, estima-se que os produtores também destinem uma área2,8% maior quando comparada com a da temporada passada. Sem muito ânimo, pois o atraso do início das chuvas, sobretudo na região Centro-Oeste, vem atrapalhando o preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção é estimada em mais de 166 milhões de toneladas.
Para o milho, a Conab espera recuperação de 3,5% na safra, com uma colheita total próxima de 120 milhões de toneladas, resultado de uma área plantada de 21 milhões de hectares. Mas na primeira safra de milho, a expectativa é de redução tanto na produção como na área cultivada, e a colheita não chegará a 23 milhões de toneladas.
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