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Trilha do Agro

Brasil bate em setembro novo recorde nas exportações de carne bovina

O preço pago pela carne brasileira recua, mas o aumento no volume embarcado melhora receita dos frigoríficos

Trilha do Agro|Valter Puga JrOpens in new window

38 frigoríficos foram habilitados para exportar para a China
A China ficou com 44,5% da carne bovina embarcada Divulgação / Mapa

O Brasil tem um novo recorde: em setembro os frigoríficos exportadores embarcaram 286.750 toneladas de carne bovina, 15,6% mais que em agosto, e 7,12% acima do recorde anterior obtido em julho.

A receita cresce. Embora distante dos preços excepcionais da carne exportada em 2022, quando a tonelada chegou a ser vendida por até US$ 5,9 mil, os exportadores comemoram faturamento de US$ 1,258 bilhão, o terceiro maior da história, com preço médio próximo de US$ 4,5 mil a tonelada.

O Brasil exporta carne bovina para mais de 150 mercados no mundo, sustentado, entre outras ações, pelo Brazilian Beef, projeto que visa aumentar a participação do produto nos principais mercados globais, com apoio do Governo Federal.

“Estamos empenhados em ampliar a presença da carne bovina brasileira nos mercados internacionais, com foco na diversificação dos destinos e na consolidação em mercados tradicionais, como a China”, destacou Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne, a Abiec.


Exportando 28% mais este ano

Nos primeiros nove meses deste ano as exportações aumentaram tanto em volume como em faturamento. Em 2024 (até setembro), o Brasil já embarcou 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, ou 28,3% mais que nos primeiros nove meses do ano passado. Esse volume gerou receita de US$ 9,16 bilhões, 20% maior que o do mesmo período em 2023.

A China ficou com 44,5% da carne bovina embarcada, ampliando as compras em 10%, mas pagaram 0,9% menos pelo produto. Em nota, a Abiec destacou o crescimento das vendas também para outros países.

Os norte-americanos compraram 58% mais carne bovina do Brasil (147 mil toneladas), gerando uma receita de US$ 867,4 milhões; os Emirados Árabes Unidos compraram 162% mais, saltando de 45,7 mil em 2023 para 120 mil toneladas em 2024, com faturamento 168% maior (salto de US$ 203 milhões para US$ 547 milhões).

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