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“A gente vai reagir como legítima defesa”, diz 'justiceiro' sobre arrastões na zona sul do Rio

Polícia investiga mobilização de grupos na internet que querem agredir suspeitos 

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Estado e Rede Record

"Justiceiro" falou sobre reação aos arrastões na zona sul
"Justiceiro" falou sobre reação aos arrastões na zona sul "Justiceiro" falou sobre reação aos arrastões na zona sul

O cenário de violência que marcou o fim de semana na orla de Copacabana e Ipanema provocou reação de alguns moradores da zona sul. Em grupos na internet, alguns desses chamados “justiceiros” se uniram em eventos para agir contra os suspeitos de assalto e furtos na praia.

Em entrevista à Record Rio, uma dessas pessoas apontadas como “justiceira” disse que não pretende agir com violência, mas que “numa situação como essa, não vai deixar barato”.

— A galera que pratica luta e tal, numa situação como essa não vai deixar barato. Não vai dar mole, né? A gente não quer machucar ninguém, mas se for o caso de vir pra cima da gente e tentar alguma coisa, a gente vai reagir como legítima defesa, né? Como qualquer outra pessoa.

A DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática) abriu na segunda-feira (21), um inquérito para investigar a mobilização dos chamados "justiceiros" em grupos na internet. No Facebook, em páginas que discutem os recentes assaltos em bairros da região mais nobre da cidade, eles planejam agredir suspeitos de furtos e assaltos na tarde do próximo domingo (27). Ainda não há informação sobre depoimentos de investigados no inquérito.

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Em um dos grupos, os organizadores dizem para usar "tacos de beisebol, soco inglês, cassetete, porrete, armas de choque, spray de pimenta" para agredir os suspeitos, chamados por eles de "bandidos". O evento havia sido excluído do Facebook na segunda-feira à noite.

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Após um fim de semana com arrastões e espancamentos de suspeitos nas praias da região, o secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, previu que podem acontecer linchamentos.

Para o secretário, o setor de inteligência da Polícia Militar já detectou a articulação de grupos de justiceiros.

— Temo que haja problema de linchamento, se isso continuar desse jeito. Em vez de um problema, estamos com o risco de ter dois.

Assista à reportagem:

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