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Ação 'cruel' e 'premeditada': delegado diz que americano foi morto com 18 facadas no Rio

Suspeito monitorou a vítima por 14 horas, invadiu a casa e esfaqueou Brent Sikkema nas regiões do tórax e do rosto

Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7, com Anabel Reis, da Record Rio

Homem ficou 14 horas na porta da casa do americano no Jardim Botânico
Homem ficou 14 horas na porta da casa do americano no Jardim Botânico Reprodução

O assassinato do norte-americano Brent Sikkema, de 75 anos, foi classificado como "cruel" e "premeditado" pelo delegado Felipe Curi, diretor do DGHPP (Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Em coletiva, o delegado detalhou como foram as últimas horas antes do crime, após a prisão do suspeito, nesta quinta-feira (18). 

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De acordo com as investigações, o suspeito monitorou o estrangeiro por 14 horas e esperou o melhor momento para invadir a residência da vítima, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. 

O laudo pericial indicou que Sikkema foi ferido com 18 facadas, sendo os golpes concentrados nas regiões do rosto e do tórax.


Ainda segundo a polícia, o suspeito fugiu levando R$ 30 mil e US$ 30 mil, além de objetos de valor que estavam no imóvel. 

Investigações

A polícia investiga uma possível ligação entre o criminoso e o companheiro da vítima, já que os dois são cubanos. O casal estava em processo de separação e brigava pela guarda do filho na Justiça.

Os investigadores apuraram se Brent Sikkema conhecia o assassino. Eles teriam se encontrado em meados de 2023, em circunstância ainda não reveladas. 

Até o momento, a Delegacia de Homicídios da Capital trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), mas nenhuma linha de investigação está descartada.

O crime

Imagens de câmeras de segurança mostraram que o suspeito ficou 14 horas na frente da casa do americano, no último domingo (14).

Segundo a polícia, ele usou uma ferramenta para abrir a porta. A ação dentro do apartamento durou cerca de 15 minutos.

Um vídeo flagrou o momento em que o homem retirou luvas das mãos após sair da residência da vítima.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito deixou o aparelho de ar-condicionado ligado, em uma possível tentativa de manter o corpo preservado.

No dia seguinte, a vítima já sem vida foi achada na cama pela advogada dele. A mulher relatou à polícia ter ido ao apartamento por não conseguir contato com o cliente desde sábado (13).

Suspeito foi preso em Minas

A Delegacia de Homicídios da Capital identificou que o criminoso mora em São Paulo. Com a ajuda da polícia local, o setor de inteligência conseguiu identificar o carro usado no crime e descobrir a localização do suspeito.

Durante o monitoramento, os agentes identificaram que, na noite desta quarta-feira (17), o homem estava em um posto na BR-050, entre as cidades de Uberlândia e Uberaba, em Minas Gerais.

A Polícia Rodoviária Federal foi acionada e se dirigiu até a localização do criminoso. Por volta de 1h de quinta (18), ele foi abordado e preso, quando dormia dentro do carro. Com ele, os agentes encontraram cerca de US$ 3.000.

*Sob supervisão de Bruna Oliveira

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