A ex-delegada Adriana Belém deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira (19). Na terça (18), uma decisão judicial concedeu liberdade à policial, acusada de integrar um esquema de exploração de jogos de azar.
Belém saiu do Instituto Penal Santo Expedito em um carro de luxo sem placa e não falou com a imprensa. Ela foi solta por uma determinação do juiz Bruno Monteiro Rulière, da 1ª Vara Criminal Especializada. O magistrado considerou que a aposentadoria imposta pela Polícia Civil à agora ex-delegada e o tempo que ela passou detida cumpriram os fins desejados.
Investigada por sua suposta atuação em um grupo de contraventores liderado pelo bicheiro Rogério de Andrade, Belém foi presa em sua casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste, após policiais civis encontrarem R$ 1,8 milhão guardados em sacolas de grife na residência.
A ação foi realizada em cumprimento a um mandado de busca e apreensão da Operação Calígula, que apurou a rede de exploração de caça-níqueis. Segundo as investigações, Belém facilitou a liberação de 80 máquinas durante uma reunião com o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco. Ele teve a prisão mantida pela Justiça.
O encontro entre a ex-delegada e Lessa teria sido intermediado pelo delegado Marco Cipriano, também preso na operação.
Apesar de solta, Belém ainda terá que cumprir medidas cautelares, como o impedimento do exercício de funções públicas e a proibição do contato com outros acusados e testemunhas.
Em nota, a defesa de Adriana Belém afirmou que a prisão da ex-delegada nunca foi necessária e declarou que continuará atuando para que a cliente seja inocentada das acusações.
* Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa