A Justiça do Rio de Janeiro revogou, nesta terça-feira (18), a prisão da ex-delegada Adriana Cardoso Belém, detida em flagrante durante uma operação contra um esquema de controle de jogos de azar. Na ocasião, quase R$ 2 milhões foram encontrados em sua casa, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
A decisão do juiz Bruno Monteiro, da 1ª Vara Especializada Criminal, considerou que a aposentadoria concedida pela Polícia Civil à acusada, no último dia 7, bem como o tempo que Belém passou sob custódia, atingiram os fins desejados.
O magistrado pediu a expedição do alvará de soltura da ex-policial. Na resolução, Monteiro manteve a prisão preventiva do PM reformado Ronnie Lessa, acusado de participar da mesma quadrilha de contraventores. Lessa também é réu no processo que apura a morte da vereadora Marielle Franco, apontado como o executor.
A ex-delegada deve deixar o Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste, ainda nesta quarta (19). A decisão judicial ainda exige que ela cumpra medidas cautelares, como a vedação do exercício de funções públicas e a proibição do contato com outros acusados e testemunhas.
Adriana Belém foi presa no dia 10 de maio durante a Operação Calígula, da Polícia Civil, após os agentes terem encontrado R$ 1,8 milhão guardado em sacolinhas de grife durante uma ação de busca e apreensão em sua residência.
Ela é apontada pelas investigações como colaboradora de uma rede de exploração de jogos de azar liderada pelo contraventor Rogério de Andrade.
Na mesma operação, foi preso o delegado Marco Cipriano, que intermediou uma reunião entre Belém e Ronnie Lessa, na qual a ex-delegada teria liberado a retirada de caminhões com mais de 80 máquinas caça-níqueis.
* Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa