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Apontada como comprometida, barragem passa por vistoria no RJ

Represa abastece cerca de 650 mil pessoas em oito municípios; ecologista alertou sobre possibilidade de contaminação por rejeitos no local

Rio de Janeiro|Lucas França, do R7*

Barragem é apontada como comprometida
Barragem é apontada como comprometida

O MPF (Ministério Público Federal) realizou na manhã desta quinta-feira (14) uma vistoria na barragem de Juturnaíba, próxima ao rio São João, na região dos Lagos, com objetivo de avaliar possíveis danos e riscos da represa que abastece 650 mil pessoas em oito municípios. A barragem foi apontada como comprometida pelo Relatório de Segurança de Barragens de 2017, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas).

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Após a visita ao local, o Procurador da República Leandro Mitidieri Figueiredo não deu detalhes sobre o que foi apurado em relação à represa e se haverá alguma prazo para a apresentação do resultado dos trabalhos.

Por meio de nota, Figueiredo disse que "ficou acertado a conclusão dos estudos sobre a segurança da barragem e a transparência sobre eles, para acompanhamento de toda a sociedade".


Além do MPF, representantes de Prolagos, empresa responsável pela barragem, Inea (Instituto Estadual do Ambiente), ANA (Agência Nacional de Águas), Instituto Chico Mendes, e Baía Viva participaram da visita.

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O ecologista e gestor ambiental Sérgio Ricardo, representante da organização, afirmou que a vistoria durou cerca de seis horas e meia. 


Sérgio Ricardo disse ter identificado uma “forte degradação da bacia hidrográfica” na região. Segundo ele, uma grande quantidade de rejeitos e metais pesados estariam contaminando a água.

“O problema de contaminação lá, provavelmente, pode ser maior do que o risco de estrutura da barragem”, comentou o ecologista.


Procurada pelo R7, a assessoria de imprensa da Prolagos disse que se pronunciará em breve. 

Comissão da Alerj

Nesta quinta-feira, a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) também aprovou a criação de uma Comissão Especial para fiscalizar as barragens existentes no Estado.

Todas as ações ocorrem após uma barragem da mineradora Vale romper e deixar centenas de mortos em Brumadinho, Minas Gerais, no último dia 25. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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