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Área onde prédio desabou tem ligações com milícia e caso Marielle

Em Rio das Pedras, no Rio, funcionaria grupo associado à morte da vereadora e chefiado por Adriano  da Nóbrega, morto em 2020

Rio de Janeiro|Marcos Rogério Lopes, do R7

Adriano da Nóbrega e Marielle Franco, a história de ambos está ligada a Rio das Pedras
Adriano da Nóbrega e Marielle Franco, a história de ambos está ligada a Rio das Pedras

O prédio de quatro andares que desabou no Rio de Janeiro na madrugada desta quinta-feira (3) é de uma região associada às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, e ao ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro) Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro de 2020.

Adriano da Nóbrega, acusado de chefiar a milícia que controlava a região de Rio das Pedras, era considerado o chefe do Escritório do Crime, com forte atuação na Zona Oeste da capital do estado. Foi por causa da investigaçao desse grupo, feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro , que ele fugiu em 2019.

Ele estava foragido da Justiça havia mais de um ano quando foi morto em Esplanada, no interior da Bahia. Adriano da Nóbrega se escondia em um sítio e teria entrado em confronto com policiais que foram prendê-lo.

A mesma região de Rio das Pedras surgiu no noticiário ligada ao assassinato da ex-vereadora do PSOL do Rio Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.


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Os dois presos pelo crime de emboscada a Marielle, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, trabalhariam para o Escritório do Crime, comandado por Adriano da Nóbrega.

De acordo com as investigações, Ronnie Lessa efetuou os disparos em Marielle e Anderson, enquanto Elcio Queiroz dirigiu o veículo Cobalt usado no assassinato.


Na mesma região de Rio das Pedras, em Muzema, ocorreu um desabamento de dois prédios em 2019, que deixou 24 mortos.

Segundo a Polícia Civil do estado, a construção de imóveis para as comunidades carentes é uma das atividades utilizadas pelas milícia para lavar dinheiro obtido com crimes.

Apesar disso, ainda não há a confirmação sobre a suposta irregularidade na construção do prédio que desabou nesta quinta-feira.

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