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Artista plástico português tem 52 obras roubadas no Rio 

"Brasil não é para principiantes", disse Isaque Pinheiro, que não deixará de expor obras no País, apesar de estar chateado com o roubo

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Exposição foi exibida no Paço Imperial
Exposição foi exibida no Paço Imperial

Cinquenta e duas obras do artista plástico português Isaque Pinheiro foram roubadas no Rio de Janeiro. O caso teve ampla repercussão após ter sido divulgado nas redes sociais. 

As peças da coleção "AcorDO Rei" estavam no Paço Imperial, na região central, e deveriam ser levadas para uma galeria de arte em Belo Horizonte, Minas Gerais, para inauguração de uma exposição no último dia 1º.

Mas, durante o transporte, na terça-feira (27), o caminhão em que as obras estavam foi assaltado. O crime ocorreu na Via Dutra, altura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

O veículo foi encontrado pela polícia vazio, horas depois, no Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio, segundo informações da galeria dotART.


Em conversa por telefone, o artista Isaque Pinheiro, que retorna nesta tarde para Portugal, disse estar acompanhando as investigações por meio da galeria de arte mineira, que era a responsável pelo transporte das peças.

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Segundo Pinheiro, as obras poderiam valer cerca de R$ 300 mil, mas ele não acredita ter sido alvo de algum ladrão de arte.


"Acho que foi um azar. Eles [criminosos] devem ter ido roubar um caminhão e quando abriram se depararam com obras de arte".

Isaque Pinheiro ainda contou que faz visitas ao Brasil desde 1996 e, apesar de estar muito chateado com o roubo, não pretende deixar de expor suas obras no País.


"De jeito nenhum penso em uma reação extrema. Mas é como fala Tom Jobim: 'O Brasil não é para principiantes'. E eu não sou um principiante. Isto não vai fazer com que eu recue. Continuo gostando do Brasil."

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Investigações

A DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas) está investigando o caso. Segundo a Polícia Civil, a especializada está em contato com a transportadora para obter mais informações, já que no registro de ocorrência, no dia 28, as obras de arte não foram mencionadas. Na ocasião, apenas notas fiscais de medicamentos e eletrônicos foram apresentadas. 

Em nota, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) informou que está acompanhando o episódio lamentável. 

Procurada por telefone, a assessoria de imprensa do Paço Imperial ainda não se manifestou. 

Já a dotART galeria pede para quem saiba o paradeiro das obras passe as informações pelo e-mail contato@dotart.com.br.

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