Bala perdida que atingiu Deodoro pode ter sido disparada por traficantes, diz ministro
Projétil caiu dentro do centro de imprensa do Complexo de Deodoro
Rio de Janeiro|Por Rodrigo Viga Gaier

A bala perdida que atingiu no sábado (6) o centro de mídia do Complexo de Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro, pode ter sido disparada por traficantes que tentaram abater drones e um balão de monitoramento que estavam sendo utilizados para monitorar comunidades próximas ao local, segundo disse neste domingo (7) o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Ele afirmou que essa é uma das linhas de investigação em curso para apurar o problema ocorrido no sábado, no momento em que o complexo recebia provas dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Jungmann disse que esteve no local junto com militares e revelou que o tiro que atingiu a tenda do centro de mídia foi disparado por um fuzil. O ministro descartou a possibilidade de o disparo ter sido feito do centro de tiro de Deodoro, que é uma instalação militar.
— Havia drones sobrevoando uma comunidade e um balão (de monitoramento) também. Uma das hipóteses é que alguém que se sentiu seguido, filmado e observado fez o disparo (...) É possível que o tiro tenha partido (dali) e caiu naquele local. Não tem como o tiro ter partido do stand de tiro.
Apesar do caso da bala perdida, Jungmann destacou que o sistema de segurança dos Jogos vem funcionando “muitíssimo bem” e que o Brasil passou no teste de segurança até agora.
— Deus permita que continue assim até o fim (...) Nem por isso relaxamos nas preocupações, enfrentando as questões ligadas ao terrorismo.
Segundo Jungmann, a presença de militares nas ruas do Rio de Janeiro durante a Olimpíada não só tem aumentado a sensação de segurança na cidade como já começa a trazer resultados práticos.
O ministro afirmou que houve uma redução nos índices de criminalidade no Rio de Janeiro, mas reconheceu ser impossível zerar casos como o que aconteceu no sábado com o ministro da Educação de Portugal, Tiago Brandão, que foi vítima de assalto nas proximidades da lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da capital.
— Numa cidade com milhões de pessoas como a do Rio de Janeiro, é praticamente impossível zerar ocorrências desagradáveis como essa (...) O Rio hoje é uma cidade muito mais segura e fatos e falhas como essa ocorrem.