Homens mortos por execução de médicos eram traficantes que atuavam na zona oeste do Rio
Quatro corpos foram encontrados na madrugada desta sexta-feira (6); os homens foram executados pelo chamado tribunal do crime
Rio de Janeiro|Do R7
Dois dos bandidos encontrados mortos após o ataque a quatro médicos na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, pertenciam a um grupo de traficantes que promove invasões, causa mortes e aterroriza a população.
O traficante Phillip Motta Pereira, mais conhecido no mundo do crime como Lesk, era chefe do tráfico de drogas na comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, também na zona oeste. A região era dominada por milicianos e foi invadida numa ação violenta promovida pelo tráfico, no início deste ano.
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Lesk foi o responsável por chefiar a invasão e tomar o controle da comunidade. Vários milicianos foram mortos em tiroteios com traficantes. Nessa guerra, moradores precisaram abandonar suas casas.
O segundo corpo identificado é de Ryan Soares de Almeida. Ele já era procurado pela polícia, por ter relação com mortes ocorridas na região da rua Araticum e confrontos em Rio das Pedras, ambos na zona oeste. Os outros dois homens ainda não foram identificados.
Os corpos dos quatro homens foram encontrados na madrugada desta sexta-feira (6), em dois pontos do Rio. Três deles estavam num carro prata na rua Abraão Jabour, no Camorim, em Jacarepaguá.
O corpo do quarto homem estava a 11 km do local, num carro abandonado na avenida Tenente Coronel Muniz de Aragão, próximo à praça da Gardênia Azul.
Os bandidos foram executados pelo chamado tribunal do crime porque teriam matado por engano os três médicos na Barra da Tijuca.
Segundo a investigação, o alvo era o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26 anos, que tem características físicas semelhantes às do médico executado Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos.
Além de Perseu, morreram no ataque os médicos Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, e Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Por isso a polícia não descarta a possibilidade de um crime político.