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Caso Ágatha: MP-RJ denuncia policial militar por homicídio qualificado

Caso condenado, o policial poderá cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão; Órgão também pediu à Justiça que o PM seja afastado de suas funções na corporação

Rio de Janeiro|Karolaine Silva, do R7* com Record TV

O MP-RJ (Ministério Público do Estado Rio de Janeiro) denunciou por homicídio qualificado, nesta terça-feira (3), o PM Rodrigo José de Matos Soares, acusado de matar a menina Ágatha Vitória Feliz, de oito anos, no Complexo do Alemão. Crime ocorreu no dia 20 de setembro. 

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O MP-RJ também pediu à Justiça a suspensão parcial do exercício da função pública, devendo o PM ser afastado do policiamento de ruas e ter suspensa a autorização de porte de arma de fogo. Caso condenado, o policial poderá cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão.

A denúncia é baseada no inquérito da Polícia Civil, o qual provou que o PM tentava atingir dois suspeitos que estavam em uma moto, mas o tiro ricocheteou em um poste na rua Antônio Austregésilo e atingiu a menina. 


Em entrevista a Record TV, o delegado Marcos Drucker, um dos responsáveis por conduzir as investigações do caso, lembrou que a Polícia Civil provou que os homens na moto não estavam armados.

Ainda segundo a denúncia, as investigação da Polícia Civil rechaçou a tese de legítima defesa apresentada por Rodrigo, já que não houve nenhuma agressão aos policiais, ficando assim demonstrado "que a ação violenta foi imoderada e desnecessária".


Os promotores de Justiça também ressaltaram que o crime foi cometido por motivo torpe e sob circunstâncias que impossibilitaram a vítima de se defender, em momento pacífico na localidade, com movimentação normal de pessoas e veículos. 

Relembre o caso


Ágatha morreu após ser atingida por um tiro de fuzil quando estava com a mãe dentro de uma kombi no último dia 20 de setembro, na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. 

Ela chegou a ser socorrida e levada para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no Alemão, e depois transferida ao Hospital Getúlio Vargas, onde foi operada durante cinco horas. Entretanto, Ágatha não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

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