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Caso Amarildo: inspetora diz que código de silêncio de policiais acusados atrapalhou investigações

Testemunhas de defesa estão sendo ouvidas na 35ª Vara Criminal

Rio de Janeiro|Do R7

Amarildo desapareceu após ser levado para sede da UPP Rocinha
Amarildo desapareceu após ser levado para sede da UPP Rocinha

Começaram a ser ouvidas nesta quarta-feira (26) as testemunhas de defesa dos 25 réus acusados de tortura e desaparecimento do corpo do auxiliar de pedreiro Amarildo Dias, em julho passado na comunidade da Rocinha. De acordo com informações da assessoria do TJ (Tribunal de Justiça do Rio), a inspetora da Polícia Civil Alessandra Matos, que foi ouvida na 35ª Vara Criminal da Capital, disse que colheu depoimento dos acusados durante as investigações e que percebeu entre eles um código de silêncio sobre quem estava dentro e quem estava fora do contêiner onde teria acontecido a suposta tortura ao ajudante de pedreiro. Segundo ela, o silêncio dos policiais atrapalhou o andamento do inquérito.

A audiência de instrução e julgamento dos PMs foi retomada às 14h25. O delegado Ruchester Marreiros, que conduziu o início das investigações do caso Amarildo, foi o primeiro a ser ouvido. Ele disse ter se baseado em interceptações telefônicas que diziam que Amarildo teria sido assassinado pelo traficante Catatau.

Além do delegado e da inspetora, outras quatro testemunhas foram convocadas pela defesa dos réus para serem ouvidas nesta quarta-feira.

Entenda o caso


Amarildo desapareceu no dia 14 de julho de 2013 após ser levado por policiais militares para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha para averiguação durante a operação Paz Armada, da Polícia Militar. Após o desaparecimento, familiares e vizinhos fizeram protestos que chegaram a fechar o túnel Zuzu Angel. Todos se perguntavam: Onde está o Amarildo?

O caso ganhou repercussão e entrou na pauta dos protestos que tomaram a cidade no segundo semestre do ano passado. Em outubro, 25 PMs da UPP da Rocinha foram presos sob acusação de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha. Entre eles, o major Edson Santos, comandante da unidade.

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