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Caso DG: dançarino é encontrado morto em comunidade pacificada no Rio; crime segue em investigação

Sob sigilo, inquérito que apura a morte ainda não foi concluído, segundo a polícia

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

DG era dançarino do programa de Regina Casé; investigações continuam sob sigilo no Rio
DG era dançarino do programa de Regina Casé; investigações continuam sob sigilo no Rio DG era dançarino do programa de Regina Casé; investigações continuam sob sigilo no Rio

As circunstâncias da morte do dançarino Douglas Rafael da Silva, de 26 anos, conhecido como DG, até hoje não foram esclarecidas. Ele foi baleado nas costas durante um tiroteio entre policiais e criminosos no Pavão-Pavaozinho, na zona sul do Rio, em abril deste ano. Segundo a Polícia Civil, as investigações ainda estão em andamento e o inquérito corre sob sigilo.

O corpo do dançarino, do Bonde da Madrugada, foi encontrado no pátio de uma creche da comunidade. Revoltados, moradores do Pavão-Pavãozinho fizeram um protesto que tomou as ruas de Copacabana. Na ocasião, os manifestantes entraram em confronto com a polícia. Um homem, de 27 anos, foi baleado e morreu.

De acordo com o laudo do IML (Instituto Médico Legal), Douglas Rafael morreu por causa de uma "hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar, proveniente de ferimento transfixante do tórax”. Porém, a versão inicial apontava morte por queda — foi cogitada que a morte se dera em decorrência de queda de um muro.

Na época, oito policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Pavão-Pavãozinho prestaram depoimento. Eles contaram que viram um vulto passar no exato local onde DG teria caído de um muro na comunidade.

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O fato do projétil que atingiu o dançarino não ter sido encontrado dificultou o trabalho dos investigadores, que não conseguiram identificar o autor do disparo.

Neste mês, o delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª DP (Ipanema), que apura o caso, pediu à Justiça a exumação do corpo. Mas, segundo a Polícia Civil, o MPRJ (Ministério Público do Rio Janeiro) opinou contrário e solicitou novas diligências à delegacia.

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A suspeita é de que o corpo tenha sido enterrado com uma bala alojada no peito. Na época, o raio-x do IML (Instituto Médico Legal) estaria quebrado e, por isso, a perícia não foi concluída — a informação não foi confirmada oficialmente.

No entanto, a 15ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do MPRJ informou que o inquérito voltou para a delegacia, pela terceira vez, para que o laudo de reconstituição da morte de DG seja anexado a ele.

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Repercussão e polêmica

O enterro do corpo de Douglas Rafael foi marcado por forte comoção. Cerca de 400 pessoas estiveram presentes no sepultamento de DG, no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. Entre elas, a apresentadora Regina Casé, do programa Esquenta, no qual o dançarino fazia parte da equipe.

Regina Casé lamentou o ocorrido e fez uma homenagem a DG no programa dela. Recentemente, a mãe do dançarino, Maria de Fátima da Silva, declarou em um evento no Rio que tudo não passou de uma farsa da apresentadora. Ela disse que foi orientada a responder apenas as perguntas e foi cortada sempre que tentava falar sobre violência policial.

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