Oito policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Pavão-Pavãozinho, na zona sul do Rio, prestaram depoimento nesta quinta-feira (24) na Delegacia de Ipanema (13ª DP) sobre a morte de Douglas Rafael da Silva, o DG, ocorrida na última terça-feira (22).
Eles disseram ao delegado Gilberto Ribeiro, responsável pelas investigações, que participaram de um tiroteio com criminosos na madrugada de terça-feira e que viram um vulto passar no exato local onde DG teria caído de um muro. O dançarino foi atingido por um tiro nas costas e a bala perfurou o pulmão, antes de sair pelo braço.
O delegado contou que, caso o projétil que atingiu DG não seja encontrado, não será possível definir de qual arma saiu o disparo. Foram encaminhadas à perícia 10 pistolas e seis fuzis usados por policiais militares durante o tiroteio.
Ao contrário do que afirma a família da vítima, a cena do crime não foi lavada, segundo o delegado Gilberto Ribeiro.
— Eu posso dizer que o local não foi lavado, porque está tudo ali, está visível para quem quiser constatar. Não foi lavado, não houve nada disso. Aquela situação de uma tortura e espancamento, a gente não consegue vislumbrar num primeiro momento.
Em depoimento, os policiais militares envolvidos afirmaram ainda que a troca de tiros ocorreu durante uma operação para prender o traficante Adauto do Nascimento Gonçalves, conhecido como Pit Bull. O delegado afirmou que, a princípio, não há como definir se DG e Pit Bull tinham alguma ligação.
Já a investigação da morte do morador do Pavão-Pavãoozinho Edilson da Silva Santos, ocorrida na tarde de terça-feira na favela, está paralisada à espera do depoimento da única testemunha que socorreu o rapaz.