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Caso Henry: 'Isso aqui não vai virar circo!', diz juíza em audiência

Promotor de Justiça e advogado de Monique Medeiros discutiram durante primeiro depoimento de testemunhas do caso

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*, com Record TV Rio

A primeira audiência do caso Henry Borel, realizada nesta quarta-feira (6), foi marcada por uma discussão entre o promotor de Justiça Fábio Vieira e o advogado de defesa de Monique Medeiros, Thiago Minagé.

Minagé reclamou de ter sido interrompido pelo promotor enquanto fazia uma impugnação à juíza que preside a sessão, Elizabeth Machado Louro. Já Vieira alegou que o advogado deveria esperar sua vez de falar para fazer a contestação. A magistrada interveio e pediu respeito aos dois envolvidos para que a audiência não se tornasse um “circo”.

Confira abaixo a transcrição da briga:

A ré Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, acompanhada do advogado Thiago Minagé, durante a audiência realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
A ré Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, acompanhada do advogado Thiago Minagé, durante a audiência realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro A ré Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, acompanhada do advogado Thiago Minagé, durante a audiência realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Promotor Fábio Vieira (dirigindo-se ao advogado Thiago Minagé):O senhor não está respeitando a profissão e nem o juízo.

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Juíza Elizabeth Louro:Aqui não é a CPI. A gente está aqui pra ouvir a testemunha. A parte pergunta e a testemunha responde. Se os senhores quiserem impugnar, impugnem comigo.

Promotor: A palavra está comigo. Se o senhor quiser, leia o processo penal que vai dizer que quem começa fazendo perguntas é o Ministério Público. O senhor vai ter a sua hora de falar.

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Advogado: Estou impugnando à Vossa Excelência só que o desrespeitoso do promotor se dirigiu a mim. Eu não estou nem te olhando, não estou nem te vendo.

Promotor: Se o senhor é cego o problema não é meu.

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Advogado:Eu tenho respeito ao juízo e a todos que estão aqui. A senhora me conhece e sabe que eu não sou desleal. Mas eu não vou aceitar firulas e bobeiras das partes contrárias.

A juíza Elizabeth Louro durante audiência do caso envolvendo a morte do menino Henry Borel, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
A juíza Elizabeth Louro durante audiência do caso envolvendo a morte do menino Henry Borel, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro A juíza Elizabeth Louro durante audiência do caso envolvendo a morte do menino Henry Borel, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Juíza: Eu não tenho nada a ver com as briguinhas que vocês mantêm. No ato que eu presido isso aqui não vai virar circo nem debate.

Advogado:Eu não vou fazer firula só que quando eu impugno uma pergunta a parte contrária não pode gritar comigo.

Juíza (dirigindo-se ao advogado): O senhor tem o direito de impugnar e eu tenho o direito de mandar a testemunha continuar.

Advogado (dirigindo-se à juíza): Quando eu der razão à impugnação dele aí o senhor contesta. Mas se eu der razão ao senhor não há necessidade de o senhor falar. Senão, isso aqui vira debate e a gente só sai daqui amanhã.

A audiência de instrução começou por volta das 9h30. Durante os depoimentos das testemunhas, Monique se manteve quieta e imóvel, fazendo apenas anotações em um papel. A mãe da criança participa da sessão presencialmente, acompanhada de seus advogados.

Já o ex-vereador Jairinho acompanha tudo de forma online, do presídio de Bangu 8, onde está preso, devido aos protocolos da Covid-19. Segundo a reportagem da Record TV Rio, caso ele saia do Complexo de Gericinó, no retorno deverá ser mantido em quarentena por dez dias.

Ao todo, 12 testemunhas foram convocadas, mas ainda não há informações sobre quantas e quais delas compareceram à audiência.

Pai de Henry

Leniel Borel, pai de Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março deste ano, chegou ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), cobrou respostas de Monique e se disse apreensivo com o sumiço de testemunhas.

"Tenho vivido muito apreensivo, ainda mais agora com o ‘sumiço’ de testemunhas essenciais para resolver o caso: pediatra, diretor do hospital, a babá, que tem muito a contribuir, a ex-mulher do Jairo, que tem muita coisa para falar sobre ele", disse Leniel.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Paulo Guilherme

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