Caso Marielle: delegado cuidará exclusivamente de investigação
Novo diretor do Departamento Geral de Homicídios afirmou que inquérito é extenso e já tem suspeitos; mas ainda não há prazo para conclusão
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Record TV Rio
O delegado titular da Divisão de Homicídios Giniton Lages passará a cuidar exclusivamente das investigações sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A informação foi confirmada pelo diretor do DGHPP (Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Antonio Ricardo Nunes, nesta quarta-feira (9).
Ao assumir o novo departamento, Nunes afirmou que a decisão de manter a equipe no caso tem como objetivo não prejudicar o inquérito extenso, com 18 volumes. Ele também anunciou que a Divisão de Homicídios será reforçada com mais agentes.
“A equipe que está a frente da investigação [Caso Marielle] já nos apresentou o trabalho, que está bem avançado, mas não posso prever um prazo de conclusão. Posso afirmar que temos suspeitos e uma série de dados em análise. Não queremos concluir essa investigação com a menor margem de dúvidas para a defesa. Esperamos concluir a investigação o quanto antes com a maior riqueza de provas possíveis”, disse Antonio Ricardo Nunes.
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Na terça-feira (8), manifestantes fizeram ato no Buraco do Lume, no centro do Rio, para lembrar que já são 300 dias sem respostas sobre o assassinato de Marielle.
No ano passado, a Polícia Federal abriu uma investigação para apurar a existência de uma organização criminosa, envolvendo agentes públicos, milícias e contravenção, que atuaria com o objetivo de obstruir a elucidação do homicídio da vereadora e do motorista dela, ocorrido no dia 14 de março, na região central do Rio.
O ex-secretário de Segurança Pública Richard Nunes também chegou a afirmar que suspeitos do crime já estavam identificados, mas que a ideia era prendê-los todos de uma vez.