Cedae vai realizar obras de emergência na estação do Guandu
Objetivo é impedir que rios Ipiranga, Queimados e Poços misturem suas águas ao Rio Guandu; investimento previsto é de cerca de R$ 90 milhões
Rio de Janeiro|Da Agência Brasil
A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) fará obras de proteção da captação de água da Estação de Tratamento de Água Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O objetivo é impedir que os rios Ipiranga, Queimados e Poços misturem suas águas ao Rio Guandu. Com investimentos de cerca de R$ 90 milhões, as obras devem ser feitas em até 720 dias após a contratação da empresa, que ficará responsável pelo projeto.
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Uma avaliação realizada pelo corpo técnico da companhia constatou que, caso a medida não seja adotada, a implantação do projeto Novo Guandu ficará comprometida, uma vez que a nova estação utilizará o mesmo ponto de captação.
A Cedae informou que atual gestão identificou a necessidade urgente da obra para garantir a segurança operacional da captação da ETA Guandu e do Novo Guandu, em fase de projeto executivo. A última vez em que a Estação de Tratamento do Guandu passou por reformas foi no primeiro governo Leonel Brizola, em 1982.
Investimentos
O governador Wilson Witzel disse que a falta de pesquisas em educação, inovação e tecnologia resultou nos problemas de saneamento e outras áreas que o estado do Rio de Janeiro enfrenta atualmente. “Os governadores que passaram pelo Rio de Janeiro fecharam os olhos para um drama da população, que é a falta de saneamento”.
Segundo ele, resolver esse problema não é simples. “Nós vamos precisar de mais de R$ 30 bilhões para os próximos 10 anos para poder fazer 90% de saneamento em nosso estado”.
O governador avaliou que está fazendo o “dever de casa”. “Não vamos resolver o problema em poucos dias, mas estamos dando partida”. Witzel disse que a Cedae vai ter R$ 700 milhões de investimentos já programados para modernização da Estação de Tratamento de Água 1 e 2, e será construída a Estação Guandu 2, próximo da fonte de captação, com investimento de R$ 1,5 bilhão, para poder viabilizar os investimentos da distribuição de água e do saneamento.