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Celsinho da Vila Vintém diz que não irá 'se envolver com nada' ao sair da cadeia após 20 anos

Traficante deixou a prisão após MP apontar irregularidades na investigação que o responsabilizou por invasão na Rocinha

Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV e Agência Brasil

Celsinho deixou a prisão em Bangu nesta quarta (18)
Celsinho deixou a prisão em Bangu nesta quarta (18) Celsinho deixou a prisão em Bangu nesta quarta (18)

Após 20 anos na cadeia, o traficante Celso Luiz Rodrigues, de 61 anos, mais conhecido como Celsinho da Vila Vintém, deixou o Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, nesta quarta-feira (19).

Na saída do presídio, ele afirmou aos jornalistas que enfrenta problemas de saúde e não tem mais envolvimento com o crime:

"Não tenho lugar para ir, não. Tenho minha casa, minha família, que mora toda na favela. Tudo o que eu tinha eu perdi. Só tenho minha família. Vinte anos, saí como? Não sei o que vou fazer. Estou ofegante, estou com a perna ruim. Procurar algo para fazer para ficar tranquilo. Ficar tranquilo, eu vou. Não vou me envolver com nada, já não me envolvo há muitos anos", disse. 

Celsinho vai responder a processos em liberdade por determinação da Justiça. Na semana passada, ele obteve uma decisão na 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) a favor da soltura no processo em que era acusado de envolvimento na invasão da favela da Rocinha, na zona sul, em 2017.

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A desembargadora Suimei Meira Cavalieri, que analisou o caso, considerou uma denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio) que mostrou irregularidades na investigação policial que apontou Celsinho como um dos responsáveis pelo crime.

Com a nova determinação, o juiz Marcello Rubioli, da VEP (Vara de Execuções Penais), constatou que não havia impedimento para que o traficante saísse da prisão.

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Celsinho da Vila Vintém foi considerado um dos criminosos mais perigosos do estado e ajudou a fundar nos anos 1990 uma das facções que atuam no Rio de Janeiro. O traficante chegou a cumprir parte da pena no Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia, até 2017.

Denúncia do MP

A liberdade de Celsinho ocorreu após uma investigação do MP-RJ revelar que dois delegados estariam à frente de um plano para incriminá-lo pela invasão na Rocinha. Entre eles está Maurício Demétrio, preso em 2021, acusado de exigir propina de comerciantes e, recentemente, denunciado por envolvimento com líderes do jogo do bicho. 

Outro delegado citado no suposto plano é Antônio Ricardo, ex-titular da delegacia da Rocinha. Ele negou participação e responsabilizou Demétrio pelo envolvimento do nome dele na acusação a Celsinho. “Confio na Justiça e na minha absolvição sumária”, disse em vídeo divulgado à imprensa.

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