Cinco pessoas são indiciadas por morte de menina esmagada por carro alegórico no Rio

Cinco pessoas foram indiciadas, nesta quinta-feira (26), pela morte da menina Raquel, que foi atingida por um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na saída do Sambódromo, no Rio, em abril do ano passado. 

A Polícia Civil concluiu o inquérito nove meses depois do acidente. A investigação da 6ª DP (Cidade Nova) apurou que o cavalo mecânico e o carro alegórico da agremiação se deslocavam acoplados no sentido da dispersão. O carro que se chocou contra o poste esmagou a vítima na rua Frei Caneca. 

O relatório final apontou que o veículo apresentava falta de manutenção, oferecendo riscos severos de acidente e incêndio devido à inadequação de sua construção.

Segundo as investigações, foram descumpridas normas técnicas, assim como cometidas irregularidades no que diz respeito ao Código Nacional de Trânsito, entre outras ilegalidades.

Foram identificadas falhas no acoplamento do carro alegórico, na orientação para o deslocamento do veículo, bem como na permanência de crianças sobre o tablado. Além disso, foi apontada a ausência de fiscalização por parte da entidade responsável no dia do evento.

Os indiciados que vão responder por homicídio doloso são: o presidente da escola de samba Em Cima da Hora, o engenheiro técnico responsável, o coordenador da dispersão encarregado pelo acoplamento e guia do reboque, o motorista reboquista e o presidente da Liga das Escolas de Samba da Série Ouro (Liga RJ).