Cinco suspeitos no caso Marielle são presos em operação contra milícia
Cerca de 140 agentes de segurança tentam cumprir 13 mandados de prisão. Ação visa desarticular integrantes de grupo paramilitar mais antigo do Rio
Rio de Janeiro|Da Record TV Rio
Uma operação do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil tenta, nesta terça-feira (22), prender preventivamente 13 suspeitos de envolvimento com um grupo miliciano que controla comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com informações da Record TV, a ação busca localizar envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. Entretanto, o MP-RJ disse que não pode confirmar o envolvimento dos presos na morte da parlamentar.
Até o momento, cinco pessoas foram presas, entre elas um major da Polícia Militar. Líderes comunitários, que ameaçam os moradores das localidades dominadas para perpetuar seu poder, também são alvos da operação batizada de "Os Intocáveis".
Os denunciados são apontados como integrantes da milícia que controla as comunidades da Muzema, Rio das Pedras e adjacências, região reconhecida por ser a primeira com grupo paramilitar na cidade.
A ação do Gaeco/MP-RJ (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em parceira com a Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) e a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), cumpre os mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados e em empresas relacionadas ao grupo.
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Segundo o MP-RJ, os suspeitos seriam responsáveis por grilagem, construção, venda e locação ilegal de imóveis, além de receptação de carga roubada, extorsão, pagamento de propina a agentes públicos e agiotagem.
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O órgão ainda destaca a importância da Amarp (Associação de Moradores e Amigos de Rio das Pedras) para a legitimação e falsa regularização de imóveis construídos por pessoas envolvidas com o grupo.
Em nota, o MP-RJ informou que o presidente da Amarp, Jorge Alberto Moreth, conhecido como "Beto Bomba", possui informações previlegiadas sobre operações e ações que afetem seus subordinados ou regiões de domínio do grupo que é suspeito de fazer parte.
Procurada pelo R7, a Amarp e a Polícia Militar não se pronunciaram até a publicação desta matéria.
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