Crise hídrica: Cedae reduz em 10% captação de água do Imunana-Laranjal, no RJ
Sistema é responsável por atender 2 milhões de pessoas em parte da região metropolitana do estado
Rio de Janeiro|Da Agência Brasil, com R7
A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) reduziu em 10%, a captação de água no sistema Imunana-Laranjal, no último fim de semana. A informação foi confirmada pelo presidente da companhia, Aguinaldo Ballon.
O sistema é responsável por atender 2 milhões de pessoas nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e parte de Maricá, que ficam na região metropolitana do Rio de Janeiro. Com a redução causada pela seca dos rios, a companhia pede que a população use água de forma consciente e evite lavar carros e calçadas, por exemplo.
Em reunião com o governador Cláudio Castro, Ballon lembrou que o sistema Acari, que abastece municípios da Baixada Fluminense, também teve a captação reduzida, neste caso, em 30%.
“Quando comparamos o gráfico de produção, temos apenas 70% do que temos no período de captação no sistema Acari nos últimos 8 anos. Mas, o sistema Acari está sendo compensado pela Estação de Tratamento de Água do Guandu. Estamos disponibilizando mais água do Guandu para o sistema Acari para mitigar e minimizar o impacto desse sistema, que atende especificamente municípios da Baixada Fluminense”, explicou.
Crise hídrica
A crise hídrica que o estado do Rio enfrenta por conta da seca somada à redução do volume de água nos reservatórios preocupa o governo. Sem previsão de chuvas significativas para os próximos 15 dias, de acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a situação tende a se agravar.
A quantidade de água na região hidrográfica do Guandu, responsável por abastecer cerca de 9 milhões de pessoas, também vem diminuindo. Atualmente, o chamado reservatório equivalente está com 67,23% da sua capacidade, de acordo com o Sistema de Informações Geográficas e Geoambientais do Comitê Guandu.
Já o reservatório do Funil, que integra a usina hidrelétrica do Funil em Itatiaia, no Sul Fluminense, está com 27,84% da capacidade, o que também traz riscos à geração de energia elétrica. O sistema é responsável por parte do abastecimento de energia do Rio, São Paulo e Espírito Santo. Para especialistas, a situação só não é pior porque o território fluminense teve um recorde de chuvas no início deste ano. Somente em janeiro, foram 348,9 mm de precipitação.