Defensoria se reúne com famílias de três mortos no Jacarezinho
Além de oferecer assistência, grupo colheu relato de parentes de vítimas. Teor dos depoimentos não foi divulgado
Rio de Janeiro|Do R7
Familiares de três mortos na operação do Jacarezinho, zona norte do Rio, se reuniram com representantes da Defensoria Pública do Estado do Rio, nesta segunda-feira (10), a portas fechadas. Além de oferecer assistência, o grupo colheu relatos dos parentes das vítimas da ação mais letal do Rio, com 28 mortos, ocorrida na quinta (6).
Segundo a Defensoria Pública, depoimentos nem as próximas ações serão divulgados por uma decisão estratégica, que visa assegurar a ampla defesa, o acolhimento das famílias e a segurança dos envolvidos.
O encontro foi acompanhado por integrantes das comissões de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) e da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Por meio de nota, a Defensoria declarou que está à disposição de todas as 28 famílias, inclusive a do policial civil André Frias, morto com um tiro na cabeça ao retirar uma barricada na comunidade.
A Polícia Civil negou ter executado pessoas durante a ação no Jacarezinho e declarou ter enfrentado resistência na comunidade ao cumprir ordens de prisão contra um grupo suspeito de aliciar menores para o tráfico.
Diversas entidades reagiram à ação e cobraram uma investigação independente. Além disso, denunciaram violação de direitos dos moradores e desrespeito por parte das autoridades às regras de restrição impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para operações policiais durante a pandemia.