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Dia dos Solteiros: cariocas rejeitam críticas e se dizem solteiras convictas

Data celebrada nesta sexta-feira (15) ganha festa especial na zona sul do Rio

Rio de Janeiro|Do R7

Flavia, Thaís e Nabylla: as solteiras não se importam com críticas
Flavia, Thaís e Nabylla: as solteiras não se importam com críticas

No dia 12 de junho é comum ouvir que “se o dia é dos namorados, a noite é dos solteiros”, mas, há alguns anos, quem não quer saber de compromisso comemora a solterice em um dia próprio: o Dia dos Solteiros. A data, celebrada nesta sexta-feira (15), ganhou até mesmo uma festa especial.

Cariocas solteiros estão cada vez menos preocupados com as opiniões alheias e mais focados em aproveitar, sozinhos, a juventude.

No Rio, uma festa para os solteiros acontece hoje, no Espaço Lagoon, na Lagoa, zona sul da cidade. A festa No Valentine's Day foi criada em 11 de junho como alternativa para jovens que não se importavam com o Dia dos Namorados. Nos últimos três meses, a festa ganhou mais adeptos e hoje tem edição especial para os solteiros aproveitarem seu dia "sem compromisso". 

É mais comum ver homens orgulhosos desse estado civil, mas as solteiras estão cada vez mais certas das suas escolhas. Para uma geração que cresceu ouvindo sobre a necessidade de namorar, casar e ter filhos para ser feliz, assumir a “solteirice” pode resultar em olhares tortos, conselhos indesejados e mães ressabiadas.


Liberdade e machismo

Para a artista visual Nabylla de Castro, de 23 anos, estar solteira é sinônimo de liberdade. Para ela, há quem não entenda a escolha.


— Acho que pra algumas pessoas é extremamente complicado entender minha escolha. Minha mãe, por exemplo, vive perguntando se eu não tenho pretendentes. Parece que somos feitas para arrumar um namorado.

Thaís Araújo, de 24 anos, não tem planos de casar tão cedo. A analista de faturamento diz acreditar que as críticas ao seu projeto de vida são reflexo do machismo.


— É quase impossível para as pessoas entenderem que temos vários objetivos na vida e que casar pode acontecer ou não. Não temos como o sonho ser a esposa de alguém, principalmente porque o casamento não é garantia de felicidade.

A assistente de eventos Flavia Maria Alvim, de 26 anos, faz coro ao discurso das amigas.

— Poder resolver questões, mudar de planos e fazê-los sem depender de outra pessoa pra concordar é libertador.

Para elas, antes de assumir um compromisso amoroso, vêm amizades, trabalho e estudo. As meninas dizem que entrar num namoro só pra mudar o status de relacionamento na rede social pode ser sinônimo de perder o foco no que mais importa: elas mesmas.

— Ao aceitar namorar, eu teria que abrir mão de algumas das minhas prioridades no momento e ainda não encontrei ninguém que valesse a pena —, afirma Thaís que atualmente divide seu tempo entre trabalho, família e uma intensa rotina de estudos.

A "solterice convicta" das garotas preocupa alguns rapazes que tentam convencê-las de que eles são a solução.

— Nossa cultura machista faz os homens acreditarem que todas as mulheres saem à procura do príncipe encantado. Mas eu fico com alguém que tiver vontade e se ele achar que eu quero compromisso, o problema é dele —, reforça Nabylla, que não pretende namorar no curto prazo.

E justamente em razão dessa naturalidade ao assumir o estado civil, elas consideram traição imperdoável.

— A vida de solteira é para quem decidiu que não quer compromisso. Quem escolhe namorar deve assumir e aproveitar o seu parceiro —, enfatiza Flavia.

Para as solteiras que ainda se incomodam com as tentativas das amigas de encontrar o par perfeito, o conselho é quase um lema de vida, com uma pitada de bom humor.

— Estar sozinho e ser sozinho são coisas diferentes. Busquem companhias e sejam felizes com esse estado civil. E frio não é bullying [contra os solteiros], vista um casaco. 

Colaborou Lola Ferreira, do R7 Rio

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