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"Ela destruiu diversas vidas, inclusive a minha", diz filho de suspeita de envenenar enteados

Lucas Mariano postou carta aberta em rede social e voltou a afirmar que a mãe lhe confessou o crime 

Rio de Janeiro|Gabriel Pieroni, do R7*

Cintia Mariano é suspeita de ter envenenado enteados; jovem de 22 anos morreu
Cintia Mariano é suspeita de ter envenenado enteados; jovem de 22 anos morreu

O filho biológico de Cintia Mariano — investigada pela morte da enteada, Fernanda, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio do enteado, Bruno Carvalho, de 16 — postou uma carta aberta em uma rede social em que voltou a acusar a mãe pelos crimes e a culpou por destruir diversas vidas, inclusive a dele. 

"Me dói, como filho, passar por essa situação. Ela destruiu diversas vidas, inclusive a minha... Eu quero paz, eu quero minha vida de volta. Por dentro, eu tô um caos. Quebrado! E que ela pague por tudo que fez. Que a justiça seja feita! E está sendo. Pela Fernanda, pelo Bruno, pelo maninho e, principalmente, pela minha irmã. Se tô de pé hoje, é por ela", escreveu Lucas Mariano.

Na publicação, o jovem voltou a falar sobre o ocorrido e afirmou que Cintia confessou o crime.

"Sim, eu entreguei a minha 'mãe'. Sim, ela me confessou. Contei tudo na delegacia. Botei a cara, me expus e fiz o que tinha que ser feito. Mas em nenhum momento, até então, eu soltei a mão dela. Eu tava lá! Eu levei no hospital, na delegacia, busquei e, por fim, a entreguei. Mas com a garantia de que estaria aqui, do lado de fora, cuidando de tudo", escreveu.


Em depoimento à polícia, Lucas já tinha dito que, durante uma conversa com Cintia, ela teria confessado tudo e afirmado que servira a comida do adolescente e colocara chumbinho no feijão do prato dele.

Ainda segundo a postagem, Lucas foi surpreendido ao chegar à delegacia e descobrir que a mãe o estava acusando dos crimes.


"Até que minha ficha, como filho, caiu. Fui surpreendido, na delegacia mesmo, que ela me acusava, a todo momento, dos crimes que ela cometeu. Ela, no desespero, estava incriminando um filho, que estava o tempo todo ali", afirmou Lucas.

Após o primeiro depoimento do filho, a defesa de Cintia disse que ela "não confessou em nenhum momento. Aliás, ela compareceu espontaneamente, sem a presença do advogado, e mesmo assim não confessou em nenhum momento nos autos do inquérito".


Relembre o caso

Fernanda Carvalho e o irmão teriam se alimentado de comida envenenada pela madrasta, que está presa. O corpo da jovem de 22 anos foi exumado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, para investigação.

Fernanda morreu no dia 27 de março, após ficar 13 dias internada no Hospital Municipal Albert Schweitzer. De acordo com a certidão de óbito, a causa da morte foi choque séptico. Antes de ir ao hospital, a vítima enviou um áudio ao namorado em que pede socorro.

Dois meses depois da morte de Fernanda, seu irmão deu entrada na unidade de saúde com os mesmos sintomas: tonteira, língua enrolando, saliva excessiva e lábios esbranquiçados. O adolescente de 16 anos sobreviveu ao que pode ter sido uma tentativa de homicídio.

Em depoimento na 33ª DP (Realengo), que investiga o caso, o pai das vítimas disse que estranhou o fato de a companheira, Cintia Mariano, ter retirado o prato de comida duas vezes das mãos do filho e ter posto a comida no prato do menino. Bruno teria se queixado do gosto do feijão feito pela madrasta durante almoço no dia 15 de maio.

O pai do adolescente, Adeilson Jarbas, socorreu o filho já na casa da ex-esposa, Jane Carvalho. O adolescente começou a passar mal cerca de uma hora após a ingestão, assim como sua irmã, Fernanda (que passou mal depois de jantar a comida de Cintia).

Adeilson mantinha um relacionamento de cinco anos com a suspeita. A filha, Fernanda, morava com o casal, enquanto o menor morava com a mãe. A defesa de Cintia Mariano alega que vai provar sua inocência.

* Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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