Em artigo, Crivella mostra fôlego de seu governo em ano de “pior crise”
Ações da Prefeitura alcançaram resultados em todas as áreas, mesmo com o que ele chama “de preconceito e perseguição” contra sua gestão
Rio de Janeiro|Celso Fonseca, do R7

Num artigo publicado nesta quarta-feira (28) na Folha de S. Paulo, intitulado “Marcelo Crivella: à vista de todos”, o ex-senador, ex- ministro e atual prefeito do Rio de Janeiro faz uma ampla exposição das realizações de sua administração que completa pouco mais de um ano. De acordo com Crivella, os números comprovam que a Prefeitura do Rio “trabalha e muito”, mas segundo ele, “só o preconceito e a perseguição são capazes de tentar confundir a população”. O artigo faz uma prestação de contas ao cidadão e eleitor e exibe resultados positivos em todas áreas num período que coincidiu com a pior crise econômica e fiscal do Estado e da cidade do Rio de Janeiro. Mas mesmo diante das adversidades financeiras, Crivella tem o que mostrar, como revela o texto.
Ao enumerar suas conquistas, o prefeito lembra que entre as 42 leis aprovadas na Câmara está o realinhamento do IPTU, um desafio que, segundo ele, durante 20 anos nenhum outro prefeito ousou enfrentar.
E mesmo sem dinheiro, escolas e hospitais foram mantidos abertos, obras como a Transbrasil foram retomadas com gastos de R$ 200 milhões. Mas para manter máquina ativa, ele lembra que adotou medidas de austeridade. “Cortamos mais de 20 secretarias e mais de 1.500 cargos políticos”. Ainda segundo o prefeito, foram convocados 1.031 profissionais de saúde concursados, incluindo médicos e enfermeiros (em 2016 foram apenas 95), além de 1.200 professores e 562 agentes de apoio à educação especial.
— Abrimos cinco clínicas de família e temos hoje 100% de cobertura de saúde, sendo 70,3% em clínicas e 29,7% nos postos.
O resultado dos ajustes coincide com números positivos na saúde: "Fechamos 2017 com 8,7 milhões de consultas na atenção primária (700 mil a mais do que em 2016, último ano do meu antecessor) e 85 mil cirurgias, superando em 5.000 o resultado em 2016, quando o Rio teve R$ 4 bilhões para investir”.
A herança de Crivella foi bem diferente segundo ele aponta no texto.
— Acreditem, a administração que me precedeu, no apagar das luzes, ainda contraiu um empréstimo de R$ 850 milhões no BNDES e cancelou sorrateiramente mais de R$ 1 bilhão de empenhos de serviços realizados, artifício contábil para escapar da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O candidato a prefeito do Rio Marcelo Freixo (PSOL), deixa a Cinelândia em ato com eleitores depois de derrota no segundo turno das eleições municipais no Rio de Janeiro
Nos transportes, retirou o pedágio para motocicletas na linha amarela, criou o Táxi.Rio, aplicativo copiado por cidades e capitais Brasil afora. Lutando contra interesses poderosos, temos uma tarifa de transporte público de R$ 3,40.
O Réveillon deste ano foi apontado em pesquisa como o melhor da última década, segundo o prefeito. Uma semana depois a Prefeitura realizou um evento inédito: o encontro das baterias das escolas de samba com a Orquestra Sinfônica da Petrobras, que reuniu 600 mil pessoas.
Na ocasião, os hotéis da cidade chegaram ao recorde histórico de mais de 90% de ocupação — e com o triplo de quartos disponíveis, se comparado com o período pré-Olimpíada.
O Carnaval foi um espetáculo, define Crivella no texto, em parte pela participação dos patrocínios da iniciativa privada o que segundo o prefeito desafogou as contas públicas.
— Com essa economia, dobramos o repasse per capita para 16 mil crianças de creches conveniadas, que passaram a receber quase R$ 100 milhões por ano.
No artigo ele lembra ainda que o Rio foi a capital que mais perdeu empregos formais nos últimos dois anos: 350 mil. E com a queda da receita e gigantesca redução dos repasses federais ele conservou programas como o Favela-Bairro e manteve obras em escolas com investimentos de R$ 200 milhões.
O fôlego da gestão Crivella segundo ele diz, jamais sucumbiu a falta de dinheiro.
— Entregamos mais de 2.000 unidades do Minha Casa, Minha Vida e fizemos incontáveis intervenções em encostas e reparos em vias, além da exemplar contenção da praia da Macumba; o Rio Mais Seguro mantém, pela primeira vez, 280 policiais e guardas municipais, dia e noite, nos bairros do Leme e de Copacabana, baixando drasticamente os roubos a turistas no verão.
A cidade do Rio, segundo ele, ultrapassou o pior momento econômico de sua história sem greves de garis e professores —frequentes na administração passada — e sem um escândalo sequer de corrupção, “melancólica marca da política anterior, com tantos líderes na cadeia até hoje”.
— Na área social, reabrimos diversos restaurantes populares que já serviram mais de meio milhão de cafés e almoços ao custo de R$ 2.
Ele diz ainda que faltaria tempo para citar todas as ações no meio ambiente: como a inauguração da maior trilha em floresta urbana do mundo.
— Em finanças, na administração pública, por exemplo, estabelecemos a maior parceria público-privada do Brasil no momento: a intervenção na Presidente Vargas.
Crivella encerra o texto afirmando que “a prefeitura do Rio de Janeiro se mantém firme e determinada, resistente aos ataques desferidos contra quem foi democraticamente levado ao poder pela vontade soberana do povo”. E atesta:
— Construiremos a estrada ensolarada do progresso e da redenção social e econômica da nossa gente sofrida e valente.