Funcionários da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) divulgaram um vídeo para denunciar as condições de trabalho durante a aplicação de carvão ativado na Estação de Tratamento do Guandu nesta segunda-feira (27).
Nas imagens, um trabalhador, que usa uniforme da empresa, aparece caído no chão após supostamente manusear o produto sem equipamento adequado.
Em nota, a Cedae descartou a relação entre os fatos e afirmou que o trabalhador, que não teve nome nem estado de saúde divulgados, já não estava se sentindo bem mesmo antes do expediente. Porém, ele não teria comunicado o problema à empresa.
A companhia disse ainda ter dado suporte ao funcionário que passou mal por realizar uma atividade que exige esforço.
No texto, a empresa ressaltou que “os envolvidos neste trabalho estão utilizando o equipamento de proteção individual - recomendado pela empresa que presta o serviço”.
O carvão ativado começou a ser aplicado na Estação de Tratamento do Guandu, na semana passada, após uma crise se instalar na empresa devido à qualidade da água fornecida.
Desde o início do ano, consumidores da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense relataram que a água que chega às torneiras apresenta cor e cheiro.
Apesar de a Cedae admitir ter encontrado a substância geosmina em amostras, a companhia nega que as alterações na água ofereçam riscos à saúde.
Além dos problemas atuais, a Cedae também foi denunciada, nesta segunda (27), pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, em uma ação de 2015, por cinco crimes de poluição, entre eles o lançamento de esgoto não devidamente tratado na Baía de Guanabara.