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'Estarrecedor', diz delegada sobre vídeo que flagrou médico abusando de paciente durante parto

Barbara Lomba, que é a responsável pela investigação, disse que a gravação feita pela equipe é prova fundamental do crime

Rio de Janeiro|Do R7, com Vívian Casanova, da Record TV Rio

Médico foi preso em flagrante por estupro em parto
Médico foi preso em flagrante por estupro em parto Médico foi preso em flagrante por estupro em parto

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por abusar sexualmente de uma paciente durante o parto no Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi transferido nesta segunda-feira (11) para o presídio de Benfica, na zona norte da capital, e deve passar por uma audiência de custódia nesta terça-feira (12).

Em entrevista ao Balanço Geral RJ, a delegada Bárbara Lomba, da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de São João de Meriti, contou que a polícia foi acionada pelo hospital. Ao chegarem à unidade, os agentes ouviram testemunhas e tiveram acesso ao vídeo gravado pela equipe de enfermagem, que já desconfiava da conduta do anestesista por procedimentos incomuns havia cerca de um mês.

A delegada explicou que integrantes daquela equipe participaram de três cirurgias no plantão e decidiram gravar, com um celular escondido, a atitude suspeita do médico.

"Na primeira, já observaram os mesmos comportamentos. Na segunda, um integrante teve que se aproximar por necessidade de um equipamento que teve problema, e a pessoa viu o pênis do médico exposto. Entre a segunda e a terceira cirurgia, decidiram, juntos, que iriam tentar fazer essas imagens e conseguiram filmar", explicou.

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Bárbara Lomba acrescentou que o vídeo foi uma prova fundamental para a prisão em flagrante.

"As imagens falam por si. É desnecessário que fiquemos descrevendo porque é uma coisa hedionda, estarrecedora, indescritível, inimaginável. Mas todos viram o que aconteceu. Aquilo ali é um relato do crime. O próprio autor, vítima, todos presentes. Toda a dinâmica do crime está ali", acrescentou.

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A delegada também investiga se o anestesista aumentou a dose da sedação e se usou desnecessariamente as substâncias. Os frascos utilizados foram recolhidos para serem encaminhados à análise.

Bárbara Lomba afirmou, ainda, que tenta identificar outras possíveis vítimas de Giovanni. Segundo ela, o médico não prestou declarações. Inicialmente, ao saber da prisão em flagrante, ele chegou a fazer algumas perguntas. No entanto, calou-se quando foi informado sobre a existência do vídeo

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Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde e o Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em Vilar dos Teles, afirmaram que acionaram a Polícia Civil após serem alertados pela equipe de funcionários da unidade sobre a conduta de Giovanni.

Além disso, declararam que o médico não é servidor do estado e prestava serviço como pessoa jurídica havia seis meses nos hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e no Getúlio Vargas, na zona norte do Rio.

A direção do Hospital da Mulher abriu uma sindicância interna para tomar medidas administrativas. A unidade também disse que está prestando apoio à vítima e à sua família.

A defesa de Giovanni Quintella Bezerra afirmou que se manifestará após ter acesso a depoimentos e provas que foram apresentados durante a prisão em flagrante.

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