Família de Moïse aciona OAB, que cobra identificação de assassinos
Jovem congolês foi assassinado brutalmente em quiosque na Barra da Tijuca. Dono do estabelecimento deve prestar depoimento
Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio
A família de Moïse Kabamgabe, de 24 anos, foi até a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio, para uma reunião nesta segunda-feira (31). Os representantes da Comissão de Direitos Humanos buscam acesso ao inquérito para identificar o gerente e os seguranças do quiosque onde o crime aconteceu.
O dono do estabelecimento é esperado nesta terça-feira (1º) para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da capital, na Barra da Tijuca. Pelo menos outras oito pessoas já foram ouvidas.
Depois da morte violenta de Moïse, seus parentes afirmam que não sentem mais vontade de morar no Brasil. O irmão da vítima, Samir Kabamgabe, disse que se sentia acolhido no país desde que chegou, em 2014, como refugiado.
"Agora não tenho mais vontade de ficar em um lugar onde eu vou pensar todo dia... No momento em que eu for à praia, vou pensar: meu irmão morreu aqui", afirmou.
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Álvaro Quintão, o vídeo de uma câmera de segurança mostra quem está envolvido no homicídio. O jovem de 24 anos foi amarrado e espancado com pedaços de madeira por cinco homens após cobrar as diárias de trabalho.
Moïse Kabamgabe teve hemorragia nos pulmões causada por contusão, aponta o laudo da necrópsia.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa