Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Família de PM contesta versão de viúva sobre morte de agente

Corpo do soldado foi encontrado no quarto do casal com ferimento de tiro no tórax. Polícia concluiu que arma encontrada no crime foi plantada

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*, com Record TV

Renato foi encontrado morto em casa
Renato foi encontrado morto em casa

A Polícia Civil do Rio investiga a morte de um soldado da Polícia Militar encontrado sem vida na casa onde morava, em Curicica, zona oeste da cidade, na segunda-feira (28).

De acordo com a PM, o corpo de Renato Augusto Barbosa, de 31 anos, estava caído no quarto do imóvel, ao lado de uma arma, com um ferimento de tiro no tórax.

Leia também

Foi a companheira do soldado quem acionou a corporação.

Segundo a polícia, Pamela Maciel de Assis, de 28 anos, contou que o marido tirou a própria vida depois de uma discussão. Ela teria dito ainda que Renato estava sozinho no quarto do casal no momento do disparo.


A família do soldado, contudo, não acredita na versão da viúva. 

Leia mais: "Brutalmente assassinado", diz viúva de PM morto em blitz no RJ


“Ele estava muito contente, fazendo planos para a casa, fazendo obra. A gente estava combinando uma viagem no carnaval. Não tinha motivo pra ele fazer isso. Ele estava muito feliz”, contou a mãe, Marina Lúcia da Conceição.

“Tem relatos de pessoas que ouviram dois disparos na noite. Como uma pessoa que vai se suicidar, vai dar dois disparos?”, questionou o irmão da vítima, Victor da Conceição Augusto.


Arma trocada

Durante a madrugada, a DH-Capital (Divisão de Homicídios da Capital) esteve na casa do soldado. Os peritos perceberam que o calibre do projétil que tirou a vida do policial militar era incompatível com a arma encontrada ao lado do corpo, uma pistola 380. Do lado de fora da residência, os agentes encontraram um revólver calibre 38, com a numeração raspada, escondido em um moita.

Por tentar ocultar a arma usada na ação, a viúva foi presa em flagrante por fraude processual. Pâmela foi liberada após pagar fiança de R$ 5.000.

Veja também: PM vê pai ser morto após cair em falso anúncio de venda online

Para esclarecer as circunstâncias da morte do policial militar, uma perícia complementar foi feita na casa do casal. Se comprovado que o soldado foi assassinado, Pamela também poderá responder na Justiça por homicídio.

“De forma alguma ela teria motivo, uma vez que ela é uma pessoa bem calma. Eles estão juntos há bastante tempo. Inclusive na casa estavam o filho dela e a filha dele, crianças menores de dez anos. Então eu tenho certeza que ela não fez nada disso. Foi coisa dele mesmo”, defendeu o advogado de Pamela, Filipi Mansur.

Renato era lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Jacarezinho e integrava a corporação desde 2014. O corpo do soldado será sepultado nesta terça-feira (29), no cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte do Rio. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.