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Farmácias estão com escassez de remédios devido à Covid e à gripe

Estabelecimentos registraram procura desenfreada por testes e remédios antigripais, antitérmicos, antibióticos e antitussígenos

Rio de Janeiro|Inácio Loyola*, do R7

O surto de gripe e o avanço da variante Ômicron do coronavírus no Rio de Janeiro provocaram uma escassez de medicamentos e testes nas farmácias, segundo o CRF-RJ (Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro). 

Procura por testes também aumentou
Procura por testes também aumentou

Com o aumento no número de casos das duas doenças, os estabelecimentos registraram uma procura desenfreada por testes e remédios antigripais, antitérmicos, antibióticos e antitussígenos.

A variante Ômicron, que se espalha com maior rapidez, provocou filas nas farmácias. Segundo dados da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), 483 mil testes foram realizados no país entre os dias 3 e 9 de janeiro. O Rio apresentou 49% de casos positivos até o dia 4 de janeiro. Houve registro de queda no dia 9, com 36% de taxa de positividade. 

O CRF recomendou à população que não se automedique e pediu aos farmacêuticos que orientem a população sobre o uso racional e correto dos medicamentos.


“As pessoas não devem se precipitar até que se confirme o diagnóstico da doença. A automedicação é um grande problema que tentamos combater há muito tempo. Vale lembrar que os antigripais não são um tratamento contra a gripe, mas contra os sintomas. A nossa orientação é que a população procure um profissional de saúde, para verificar a real necessidade de tomar algum medicamento", disse o doutor Camilo Carvalho, que é presidente do CRF-RJ.

Em nota, o CRF explicou que a influenza e a Covid-19 possuem sintomas semelhantes, o que dificulta o diagnóstico. A associação recomendou que o teste seja realizado com brevidade, para descartar a infecção pelo coronavírus, e informou diferenças entre as duas doenças. 


“Uma pessoa com influenza apresenta sintomas mais fortes já no primeiro dia, enquanto os da infecção pelo coronavírus tendem a se manifestar mais demoradamente, podendo se tornar mais intensos no fim da primeira semana”, afirmou o CRF.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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