Filho de Flordelis diz ter recebido mensagem para matar pastor
Texto teria sido enviado do celular da deputada três meses antes do assassinato de Anderson. Irmã de Lucas também teria incentivado o crime
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com RecordTV Rio
Um dos filhos presos de Flordelis, Lucas Cezar dos Santos, de 18 anos, afirmou em depoimento à Polícia Civil que recebeu mensagens do celular de da deputada federal incentivando o assassinato do pastor. Segundo informações do Jornal Extra e confirmado pela Record TV Rio, o pedido feito a Lucas aconteceu três meses antes da morte de Anderson do Carmo, em junho deste ano.
Lucas retornou o suposto contato da mãe após ter recebido a mensagem, mas outra pessoa atendeu o celular, pois ela não estaria em casa. Segundo o jovem, preso logo depois da morte de Anderson, era comum os filhos - 51 adotivos e quatro biológicos - usarem o celular de Flordelis.
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Em depoimento, Lucas afirmou que foi até a casa onde a família morava para mostrar as mensagens para a deputada federal. Por sua vez, Flordelis teria reagido com nervosismo às mensagens.
Um dia antes de receber as mensagens, o jovem disse que uma de suas irmãs adotivas o procurou e perguntou se ela aceitaria matar Anderson, já que ninguém o suportava na casa. A moça teria oferecido R$ 5 mil a Lucas, que disse que não faria isso porque não tinha nada contra o pastor e tudo que precisava, o pai lhe dava.
Pouco tempo após este primeiro contato, a mesma irmã adotiva teria chamado Lucas à casa da família e perguntou se o jovem “faria” (mataria) Anderson. Mais uma vez, ela teria oferecido R$ 5 mil e ofereceu os relógios do pastor ao irmão.
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Lucas declarou que ficou assustado e com medo de ser responsabilizado pela morte de Anderson em um eventual assassinato, que aconteceria na madrugada de 16 de junho, na casa da família, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Além de Lucas, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Flávio dos Santos Rodrigues à Justiça, responsável por atirar em Anderson. O jovem, por sua vez, teria atuado como cúmplice por saber do plano de execução, além de ter ajudado seu irmão a comprar a arma usada no assassinato.
Sobre a pistola usada na morte do pastor, Lucas disse que não sabia por qual motivo a arma estava sendo comprada.
Flávio e Lucas responderão por homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos. Flávio também responderá por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, com pena de três a seis anos de prisão.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa