Franco-argelino suspeito de chefiar máfia de cambistas na Copa deixa Bangu
STF deu liberdade a dez suspeitos de integrar quadrilha de venda ilegal de ingressos
Rio de Janeiro|Do R7

O franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, suspeito de chefiar quadrilha de cambistas que atuou na Copa do Mundo do Brasil, ganhou a liberdade na manhã desta sexta-feira (15), segundo informou a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária). Ele estava detido na Penitenciária Bandeira Stampa, do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.
Até por volta das 13h30, a pasta informava que somente dois dos dez suspeitos beneficiados pela decisão do ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), haviam deixado a prisão. Marco Aurélio entendeu que a justificativa da Justiça para decretar a prisão não individualizou a conduta de cada suspeito.
— Acrescento que a referência ao fato de integrantes do grupo, dentro de delegacia, terem oferecido dinheiro e ingressos de jogos visando corromper policiais não se mostrou individualizada. Então, deixa de atender ao devido processo legal no que inviabiliza a própria defesa.
Na semana passada, o ministro também concedeu habeas corpus ao diretor da empresa Match, Raymond Whelan, suspeito de chefiar o esquema de venda ilegal de ingressos. Ele ficou preso por três semanas. A Match tinha autorização da Fifa (Federação Internacional de Futebol) para comercializar bilhetes do Mundial. Apesar do habeas corpus, Whelan não poderá sair do Rio de Janeiro.
O CEO da Match foi flagrado pela Polícia Civil negociando entradas com o franco-argelino Lamine Fofana, que, segundo as investigações, coordenava a quadrilha de cambistas.
Segundo o Ministério Público, autor da denúncia, os acusados respondem pelos crimes de organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.