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Greve dos professores em São Gonçalo completa um mês

Alunos da rede municipal da cidade estão há mais de 30 dias sem aulas; funcionários reivindicam aumento salarial

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*

Assembléia reuniu grevistas na última segunda (27)
Assembléia reuniu grevistas na última segunda (27)

A greve dos professores da rede municipal de ensino de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, completa um mês nesta segunda-feira (3). A classe busca um aumento salarial para a própria categoria, assim como para outros funcionários como auxiliares de creche, inspetores e merendeiros.

A greve, que começou de fato em agosto, faz parte de uma discussão desde fevereiro para aumento em salários. A prefeitura de São Gonçalo fez uma proposta de reajuste escalonado de 2,25% em março e 9,25% em junho, o que não ocorreu. De acordo com uma das porta-vozes dos docentes, o acordo só contemplava os professores.

A professora Michelle Alvarenga, membro do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), destacou que os docentes recebem apenas R$ 933 por mês, enquanto inspetores e merendeiros, que trabalham 30 horas, ganham abaixo do salário mínimo: R$ 788.

Em entrevista ao R7, Alvarenga reafirmou o compromisso dos professores com todos os profissionais que estão envolvidos com a educação da cidade. De acordo com a docente, a última proposta da Prefeitura de São Gonçalo, que será apresentada na próxima terça-feira (4) foi de 4% para setembro, 4,5% em janeiro e 4% em abril, em mais um aumento escalonado. Este acordo não abrange aos outros profissionais da educação – auxiliares de creche, inspetores e merendeiros.


“A Prefeitura já sabe que não aceitaremos nenhuma proposta que não contemple todos os profissionais da educação”, disse Alvarenga. “É inadmissível que profissionais estejam lutando pelo cumprimento de leis, o que deveria ser uma coisa óbvia”, concluiu a professora.

O aumento sugerido em 2018 ficaria abaixo do piso salarial do magistério para 2015, que é de R$ 1.042. Neste ano, o salário base deveria ser de R$ 1.350, de acordo com Alvarenga.


A Secretaria de Educação de São Gonçalo foi procurada para esclarecimentos sobre a greve, mas até o fechamento desta reportagem, não retornou os contatos.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime

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