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Hotéis e associações de moradores cobram solução para avenida Niemeyer

Via foi fechada por razões de segurança, depois que deslizamentos de terra causaram morte de pessoas soterradas dentro de um ônibus

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Avenida Niemeyer está fechada desde 27 de maio
Avenida Niemeyer está fechada desde 27 de maio

Representantes de hotéis e de associações de moradores das zonas sul e oeste do Rio de Janeiro pretendem enviar à prefeitura e à Justiça um documento pedindo solução para o impasse que mantém a avenida Niemeyer fechada desde maio.

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O Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio) e a Amasco (Associação de Moradores de São Conrado) reuniram, nesta quarta-feira (15), representantes de associações de moradores da zona sul e zona oeste da cidade em um café da manhã que teve o objetivo de chamar a atenção para os prejuízos causados pelo fechamento da via, pela qual trafegavam diariamente cerca de 36 mil veículos.

Ligação importante entre os bairros São Conrado e Leblon, a avenida Niemeyer costumava dividir com a autoestrada Lagoa-Barra a maior parte do tráfego entre as zonas sul e oeste do Rio.


A avenida foi fechada por razões de segurança, depois que deslizamentos registrados no ano passado causaram a morte de pessoas soterradas dentro de um ônibus. Como praticamente todo esse fluxo passou a ser direcionado para os túneis da Lagoa-Barra, o trânsito na região piorou, relatam moradores.

Desde o fechamento da via, em 27 de maio, a Justiça determinou que a prefeitura fizesse uma série de intervenções para reduzir os riscos de deslizamento, e o município agora argumenta que já concluiu os trabalhos emergenciais. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, porém, discordou de que já haja condições de reabrir a via e considerou que as obras não estão prontas.


O presidente do Hotéis Rio, Alfredo Lopes, afirma que hotéis da região chegaram a vivenciar queda de 80% na taxa de ocupação, o que levou ao fechamento de três motéis e dois hostels em São Conrado e no Vidigal.

Estabelecimentos maiores, como o Hotel Nacional e o Sheraton, também vêm sendo afetados pelo fechamento da Niemeyer, e o sindicato alerta que, além de reunir juntos cerca de mil quartos, hotéis desse porte empregam mais de 500 pessoas cada um, além de fornecedores e prestadores de serviço.


"O impacto social é imenso. Esses hotéis empregam pessoas das comunidades próximas", disse Lopes.

O sindicato de hotéis e a associação de moradores defendem a reabertura da Niemeyer com um plano de contingência, ou que se estabeleça um cronograma para a conclusão das obras. O prazo inicial para execução das intervenções terminou em novembro e, dois meses depois, a abertura depende de a prefeitura convencer a Justiça de que já há condições de liberar a via.

Para o presidente da Associação de Moradores de São Conrado, José Britz, é preciso estabelecer um prazo para a reabertura ou reabrir a via de forma controlada, com a possibilidade de fechá-la em caso de chuva forte e o suporte de equipes de emergência técnica e médica.

"Para isso, o Poder Judiciário e o Poder Executivo têm que se entender", afirmou Britz.

Ele ressaltou que o impacto da interdição afeta uma área muito maior que os bairros vizinhos da Niemeyer, já que tanto a zona oeste quanto a zona sul são áreas populosas e importantes como polos econômicos e empregadores.

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