Imagens mostram que suspeitos esperaram contraventor por 4 horas
Câmeras registraram a chegada de quatro homens por volta das 9h em terreno baldio vizinho ao local do crime. Três deles já foram identificados
Rio de Janeiro|Mariene Lino, do R7*, com informações de Aline Pacheco, da Record TV Rio
As câmeras de segurança próximas ao heliporto onde o contraventor Fernando Iggnácio foi assassinado no dia 10 de novembro registraram que os suspeitos se esconderam por quatro horas no terreno baldio vizinho à empresa.
É possível ver nas imagens recolhidas pela polícia que os suspeitos chegaram às 9h e vestiam roupas camufladas. Além disso, a investigação apontou que uma escada foi usada como apoio no muro de onde os disparos foram efetuados a uma distância de 4 m da vítima.
Após analisar imagens de mais de 60 câmeras, a polícia também constatou que os criminosos estiveram no local em diferentes horários nos dias que antecederam o crime. Eles se deslocavam sempre em um mesmo carro de cor branca.
As câmeras do circuito interno do condomínio onde a polícia encontrou ao menos uma arma usada no crime também registraram o momento em que os quatro suspeitos saíram do residencial, por volta das 15h, no dia 10 de novembro, horas após a morte do contraventor. No local, mora a namorada de um dos PMs envolvidos no assassinato, segundo a polícia.
Ao todo, quatro fuzis foram apreendidos no imóvel, sendo um FAL 7,62, um 5,56 e duas AK-47. No confronto balístico, os investigadores confirmaram que uma das armas foi utilizada no crime. A mulher prestou depoimento na quarta (18).
Três suspeitos de participar do crime já foram identificados. A polícia pediu a prisão preventiva de dois deles nesta segunda-feira (23). A Justiça já havia determinado na quarta-feira (18) a prisão temporária de um cabo da PM, que trabalha no 5º BPM (Praça da Harmonia), por envolvimento no crime.
Fernando Iggnácio foi morto com cinco tiros no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. Ele havia voltado de Angra dos Reis, na Costa Verde, e foi atingido no estacionamento.
Iggnácio era genro do bicheiro Castor de Andrade, que morreu em 1997. Ele já havia sido alvo de investigações relacionadas a homicídios e contra a máfia dos caça-níqueis.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira