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Instituição lança campanha para formação de roteiristas negras no RJ

O objetivo é fortalecer a representatividade nas narrativas audiovisuais. As doações oferecem benefícios como consultorias e workshops

Rio de Janeiro|Mariene Lino, do R7*

Campanha busca continuidade das atividades do curso
Campanha busca continuidade das atividades do curso

A instituição sociocultural Cinema Nosso lançou uma campanha de financiamento coletivo para formar uma nova turma do curso de formação de roteiristas negras.

O objetivo é fortalecer a representatividade na área das narrativas audiovisuais, como documentários e séries de ficção.

A meta final de arrecadação da campanha, lançada no site Benfeitoria, é de R$ 100 mil. Essa é a quantia para que toda a proposta seja realizada mas, inicialmente, a instituição pretende conseguir R$ 30 mil e, depois, mais R$ 60 mil. “Manter a formação, a capacitação e as possibilidades de inserção no mercado é de suma importância neste momento”, afirmou Mércia Britto, diretora da organização.

O local enfrenta dificuldades financeiras e estruturais em meio à pandemia da covid-19. Mércia disse que a adaptação ao ambiente online por professores e alunos foi complicada, mas vencida.


"No ambiente online, dividimos as turmas em equipes e cada grupo tinha um mentor. Assim, a proximidade ficou ainda maior entre eles. Mesmo com as dificuldades de acesso, vencemos com sucesso e muitas mulheres saíram formadas", disse.

Para estimular as doações, a campanha oferece diversos benefícios para quem colaborar com o projeto. As recompensas vão de carta de agradecimento por e-mail até consultorias de fotografia e roteiro para cinema, palestras e workshops.


Mércia explica que a doação é uma via de mão dupla, pois quem compra adquire conhecimentos e ajuda a financiar a formação de uma roteirista negra. “É mais do que uma doação, é apoiar uma causa", completa.

Em 20 anos de existência da Cinema Nosso, mais de 5 mil alunos e alunas já se formaram em cursos oferecidos pela instituição. A diretora afirma que, a cada dia, o local cumpre sua missão de democratizar e incluir jovens das periferias na produção audiovisual.


"Quando vemos produções com equipes formadas por pessoas negras em plataformas de streaming, por exemplo, isso nos move. Precisamos de um audiovisual diverso”, ressalta Mércia Britto.

* Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.

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