Jardim Botânico do Rio anuncia mudanças para a Copa do Mundo
Diração vai criar aplicativo para celulares e diminuir valor do lanche no parque
Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

Com a proximidade da Copa do Mundo, a presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Samyra Crespo, anunciou nesta quarta-feira (21) que, até o dia 9 de junho, o espaço ambiental terá algumas mudanças estruturais para oferecer novos e melhores serviços aos visitantes. O Jardim Botânico tem um dos maiores herbários da América Latina, com aproximadamente 500 mil amostras de fungos e plantas catalogados.
Entre as mudanças, estão previstas a reabertura do Centro de Visitantes, totalmente renovado, a criação de aplicativos para aparelhos eletrônicos portáteis para o visitante visualizar o roteiro de visitação e a reforma dos banheiros.
Outra medida é a venda de lanches a preços populares.
— É uma prática que já fizemos durante a visita do papa [na Jornada Mundial da Juventude], quando a gente criou o Menu Peregrino, que era uma possibilidade de os jovens se alimentarem até com R$ 10 na época. Vamos repetir com o lanche popular nos estabelecimentos de alimentação do Jardim Botânico durante a Copa. Mais para a frente, nós vamos realmente baratear a alimentação com a adoção de máquinas de autosserviço, que vendem água, suco, refrigerante.
Além disso, o estacionamento que funciona na entrada do parque, na rua Jardim Botânico, com capacidade para 80 carros, será desativado até o dia 2 de junho e novas vagas serão disponibilizadas nas imediações. Samyra Crespo disse que 67 câmeras de segurança serão instaladas em pontos estratégicos do espaço. Além disso, mais 60 profissionais – entre bilheteiros, guardas e monitores – serão capacitados com cursos de inglês e história dos jardins do parque, totalizando 180 funcionários treinados.
Recentemente, a Polícia Militar executou uma ordem judicial de reintegração de posse do Clube Caxinguelê ao Jardim Botânico, numa ação que se arrastou na Justiça por quase 20 anos. O arboreto [coleção de plantas] do local é tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Samyra comemorou o aumento expressivo de público no Jardim Botânico, que passou de 600 mil para 1 milhão de visitantes por ano.
— Realmente, temos que melhorar a infraestrutura, mas isso também não é feito do dia para a noite. Nós já estamos com as obras de demolição [do Clube Caxinguelê] e, eu acho que, até julho, nós já estaremos aqui com as estufas de plantas.
Para o aniversário de 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, a ser comemorado em março de 2015, o Jardim Botânico pretende recuperar o Aqueduto da Levada que, segundo Samyra, “é um dos monumentos históricos mais antigos e bonitos” do espaço, restaurar as esculturas do Mestre Valentim, recuperar a Casa dos Pilões e a criar roteiros históricos.
— Para as Olimpíadas nós veremos uma cidade totalmente diferente e o Jardim Botânico estará inserido nessa inovação. Nosso plano de médio prazo é aumentar a pegada de sustentabilidade do jardim com muitos exemplos de como é que se faz um jardim sustentável. Isso é, com telhados verdes, energia alternativa, fazer retrofit [modernização] de prédios históricos sustentáveis.
A respeito da desapropriação de famílias da comunidade do Horto, no Jardim Botânico, na zona sul, Samyra informou que não pode, simplesmente, colocar 523 famílias na rua.
— Hoje nós estamos identificando terrenos onde a gente possa fazer o reassentamento dessas famílias, de preferência próximo ao Jardim Botânico, só que nós só temos 127 famílias cadastradas.